Carlos Antônio Napion: o Patrono do Quadro de Material Bélico

Carlos Antônio Napion: o Patrono do Quadro de Material Bélico

Seu sonho é ingressar no Quadro de Material Bélico? O Estratégia Militares trouxe um artigo que te conta tudo sobre quem foi o militar mais importante desse Quadro na história do Exército Brasileiro. Trata-se do Tenente General Carlos Antônio Napion, o Patrono do Quadro de Material Bélico do Exército Brasileiro. 

O que é o Quadro de Material Bélico?

Os militares do Quadro de Material Bélico (QMB) têm a responsabilidade de realizar manutenções e garantir o perfeito funcionamento tanto do armamento, quanto das viaturas e das aeronaves da Força.

O Quadro de Material Bélico teve grande destaque na 2ª Guerra Mundial, que para muitos historiadores foi uma guerra vencida pelos Quadros de Logística. 

O concurso público é o caminho ideal para os jovens que desejam ingressar no Quadro de Material Bélico do Exército (QMB). Os concursos da ESA e da EsPCEx são as opções para isso. Já para os jovens que querem entrar para o QMB da Força Aérea, o concurso da EEAR é a melhor opção. 

Quem foi Carlos Antônio Napion?

Apesar de ser um destaque no Exército Brasileiro, Carlos Antônio Napion nasceu em Turim, na Itália, no dia 30 de outubro de 1756.

Quando jovem, era um menino muito estudioso. Desde cedo demonstrava paixão pela ciência e pela metalurgia. Todo esse interesse fez com que ele ingressasse ainda muito jovem no Exército Italiano. 

Vida militar de Carlos Antônio Napion

A vida militar de Napion começou aos 14 anos de idade, quando ele ingressou como praça no Corpo Real de Artilharia da Itália. Devido ao seu destaque e amplo conhecimento, alguns anos depois, já como Tenente, ele foi convidado para lecionar para toda a tropa de Artilharia. 

Em 1790, Napion foi promovido a Capitão e daí em diante passou a compor os quadros científicos do Exército de seu país. Contudo, mesmo fazendo parte de um quadro científico, foi peça fundamental em várias batalhas, principalmente contra a França de Napoleão Bonaparte. 

Material Bélico

Já como Major, em 1800, todo seu destaque foi reconhecido pelo Príncipe Regente D. João, que o convocou para compor o Exército Português a fim de organizá-lo. Em 26 de agosto de 1800, ele foi admitido no Regimento de Artilharia do Exército Luso no posto de Tenente-Coronel. 

A partir daí, o Tenente-Coronel Carlos Antônio Napion foi o responsável por diversos avanços na Artilharia da Força. Isso fez com que, 2 anos depois, ele fosse promovido a Coronel. 

A vinda da Família Real para o Brasil 

A vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, fez com que Napion também viesse ao país, tendo em vista que ele era uma peça indispensável para a estruturação do poderio bélico em território brasileiro. Naquela época, o Brasil estava muito defasado em relação aos europeus. 

Ao chegar no Brasil, Napion foi promovido por Dom João a Tenente-General – posto máximo da época. Desde a sua vinda, Napion recebeu não só a missão de estruturar a indústria Militar de Material Bélico, mas também de implementar o Ensino Militar Superior. 

Para tanto, Napion criou fábricas para dar o pontapé inicial na produção em grande escala de Material Bélico. Investiu ainda na capacitação da mão de obra dos soldados que trabalhavam nesse setor. 

Quanto ao Ensino Militar Superior, em 1810, Napion – já como Comandante – também obteve grande destaque, pois participou da montagem e inauguração da Academia Real Militar. Na época, ela tinha o intuito de oferecer formação superior na área de Ciências e de Matemática.

Anos mais tarde, a Academia Real Militar se transformou no que hoje conhecemos como Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Napion permaneceu no cargo de Comandante da Academia Real Militar até o dia de sua morte, em 22 de junho de 1814. 

Reconhecimento a Carlos Antônio Napion

Devido a sua história relevante e de intensa dedicação, Carlos Antônio Napion foi homenageado e lembrado de diversas formas após sua morte.

Com o Decreto N. 59.630, publicado no dia 16 de agosto de 1966, Napion se tornou o Patrono do Quadro de Material Bélico do Exército.

Além disso, anualmente, no dia 30 de outubro, é comemorado o Dia do Quadro de Material Bélico. Essa data faz referência ao dia do nascimento de Carlos Antônio Napion. 

Canção do Quadro de Material Bélico

Para entendermos ainda mais o patriotismo que há no QMB e a importância de Carlos Antônio Napion para o mesmo, segue a canção do Quadro de Material Bélico

Nos paióis, nas oficinas
Enfrentando ardis e minas
Porfiaremos de alma forte
Com denodo e valentia
Noite e dia sem cessar
Cumpriremos nosso dever
Pouco importa vida ou morte
Nosso intuito é vencer
Na paz, o progresso
Na guerra, a vitória
Construir a grandeza
Lutar pela glória
Da pátria com ardor
Com arrojo e bravura
Com esforço de gigante
Seguiremos sempre avante
Sem temer treva ou metralha
Cumpriremos a missão
Apoiando a vanguarda
Quer no ataque ou na defesa
Do triunfo na batalha
Levaremos a certeza
Na paz, o progresso
Na guerra, a vitória
Construir a grandeza
Lutar pela glória
Da pátria com ardor
Com arrojo e bravura

Letra: José dos Santos Rodrigues

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