Cães de Guerra do Exército Brasileiro

Cães de Guerra do Exército Brasileiro

O uso de cães em missões militares é fundamental, já que eles são capazes de achar vítimas em escombros, farejar drogas com muita agilidade, além de várias outras situações que fazem deles um componente indispensável nas operações. Nesse texto, o Estratégia Militares te conta o que são os Cães de Guerra e como eles são usados no cotidiano militar. 

O que é um Cão de Guerra?

O Cão de Guerra, como ficou conhecido, é usado no meio militar e é responsável por diversas atividades que somente ele consegue fazer de forma ágil e precisa. 

Esse tipo de animal começou a ser utilizado nas guerras há muitos séculos, devido a sua lealdade, força e velocidade. Com o passar dos anos, houve um avanço significativo nas técnicas de adestramento de cães, bem como na sua genética, que, em muitos casos, passaram a ser desenvolvidos justamente para tal finalidade. 

Analisando um contexto histórico mais recente, podemos ver a presença de cães nas duas grandes guerras. Na 1ª Guerra Mundial, eles foram utilizados predominantemente na função de mensageiros, juntamente com os pombos, devido a sua inteligência e agilidade. 

Na 2ª Guerra Mundial, os Cães de Guerra foram treinados por alguns exércitos para desempenharem a função de “cão-bomba”. Eles levavam consigo bombas para perto da tropa inimiga e quando lá estavam, ela era detonada. Isso fez com que vários cães tivessem um trágico fim nas batalhas. 

Os Cães de Guerra são utilizados por diversos exércitos no mundo. No Brasil, o Exército conta com um crescente número deles, altamente treinados para as mais diversas operações. 

Como são treinados os cães do Exército Brasileiro? 

O Exército Brasileiro trabalha, predominantemente, com 3 raças de cães devido a sua força física, velocidade e inteligência. São eles: o Pastor Alemão, o Pastor Belga de Malinois e o Rottweiler. Esses cães são gerados nos 3 centros de reprodução do Exército, localizados em Brasília, São Paulo e Manaus. 

Nesses centros, o intuito é selecionar a melhor genética possível para os futuros Cães de Guerra. Por isso, alguns dos genitores são animais que vieram de competições de velocidade e força, por exemplo, e já possuem uma genética privilegiada.  

O treinamento desses animais inicia-se logo após o desmame, quando o cachorro está com aproximadamente 40 dias de vida. A ideia é que cada um tenha um único condutor (treinador) que o acompanhe por toda sua vida.

Geralmente, o condutor trabalha o animal para que ele possa atuar de maneira específica, pontual e precisa. Com os cães de faro, por exemplo, há uma grande diferença entre farejar drogas e farejar bombas. Para o faro destas últimas, o cão deve ter uma sensibilidade muito maior para que, por acidente, ele não acabe acionando o suposto dispositivo. 

O condutor, que fará todo o treinamento do cão e poderá trabalhar com ele, é o militar que possui o Estágio de Adestrador de Cães de Guerra. Esse curso é ministrado pelo Exército Brasileiro e possui duração aproximada de 5 semanas. Nele o militar aprende não só lições de adestramento, mas também de veterinária.  

O treinamento dos cães ocorre de segunda a sexta, no turno da manhã. Os condutores começam trabalhando com os seguintes fundamentos, a depender da especialidade escolhida para o animal. 

  • Obediência: fundamental para todo cão, independente da especialidade;
  • Faro: essencial para que os cães possam ajudar as equipes nas buscas por drogas, bombas, armas, pessoas em escombros etc;
  • Proteção: é quando o cão treina os fundamentos de ataque, para que ele possa atuar em entradas táticas, controle de distúrbios etc. Nesse tipo de treinamento é bem comum os animais treinarem a mordida nos adestradores. Eles ficam devidamente protegidos com luvas, que vão ficando mais duras conforme o cão vai evoluindo. 

Em quais missões o Cão de Guerra atua?

O Cão de Guerra do Exército Brasileiro trabalha, na maioria das vezes, com a Polícia do Exército (PE), que é destinada a fazer serviços de polícia. 

Juntamente com a PE, o cão pode fazer policiamento ostensivo na busca por drogas, onde ele, junto a seu condutor, fiscalizará carros, malas etc, para encontrar entorpecentes.

Além disso, outra atividade muito comum, especialmente para o Batalhão da PE de Brasília, é a escolta de autoridades. Nela o cão é o responsável por tentar achar explosivos e pessoas armadas, para evitar um suposto atentado à autoridade escoltada. 

Outro serviço bem comum para os Cães de Guerra é o trabalho em manifestações, onde eles podem ser usados para conter pessoas, juntamente com as balas de borracha, bombas de efeito moral, entre outros instrumentos usados pela tropa.  

Qual o tempo de serviço de um Cão de Guerra?

Como já sabemos, o Cão de Guerra, logo após o seu nascimento, já começa a trabalhar. Ele inicia sua carreira passando por intensos treinamentos, para que seja utilizado posteriormente em operações reais na rua. 

Toda sua jornada no Exército Brasileiro dura em torno de 8 a 9 anos. Após esse período, o cão se aposenta e vai curtir o seu merecido descanso.

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