Um cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas entrou em vigor nesta semana, a partir de domingo, dia 19 de janeiro, quando ocorreu uma troca de reféns e prisioneiros entre os dois lados. O acordo foi assinado no Catar e prevê uma trégua de 15 meses entre o Hamas e Israel.
Para quem não está familiarizado com os termos militares, “cessar-fogo” é um acordo temporário que suspende as hostilidades entre grupos em guerra. Tem o objetivo de permitir que a ajuda humanitária chegue nos lugares afetados e/ou para auxiliar nas negociações diplomáticas, entre outros motivos.
Os primeiros momentos de um cessar-fogo costumam ser tensos, já que é incerto se ambos os lados vão respeitar o acordo. Até o momento, as trocas de prisioneiros entre o Hamas e Israel ocorreram como o planejado. Porém, as tensões podem crescer novamente com o início da campanha militar contra a Cisjordânia, ordenada por Israel no dia 21 de janeiro de 2025.
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Israel x Hamas
O atual conflito entre o Hamas e o Estado de Israel teve início em 7 de outubro de 2023. A organização palestina lançou um ataque de foguetes sobre as cidades israelenses de Tel Aviv, Rehovot, Gedera e Ashkelon, além de invadir por terra com armas e tanques outros lugares próximos à Faixa de Gaza. Um grande número de reféns – incluindo pessoas de outros países – foram feitos pelo grupo.
A resposta de Israel foi declarar guerra, bloquear a Faixa de Gaza e iniciar a Operação Espadas de Ferro. Desde então, o conflito só tem crescido e já envolve vários países ao redor, como o Líbano. O número de mortos ultrapassa a casa das dezenas de milhares.
Cessar-fogo em três fases
O acordo, mediado pelos Estados Unidos, é dividido em três fases. A primeira já está em vigor e prevê o retorno de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Além disso, as forças de Israel também recuaram das áreas mais povoadas da Faixa de Gaza e será permitida a entrada de vários caminhões de ajuda humanitária.
Já a segunda fase prevê a retirada total das forças israelenses da Faixa de Gaza e o início de negociações para o retorno de mais reféns. A última fase será focada no retorno dos restos mortais de qualquer refém que não tenha sobrevivido ao cativeiro e na reconstrução de Gaza.
A intenção é que o cessar-fogo diminua as tensões na região e permita um acordo de paz mais duradouro.
Troca de reféns e prisioneiros
A troca começou no dia 19 de janeiro, quando três mulheres reféns foram libertadas em troca de 90 prisioneiros palestinos. A ideia é que essas trocas aconteçam ao longo das próximas seis semanas, até que os 30 reféns restantes sejam devolvidos à Israel. O Hamas irá libertar um refém a cada 30 prisioneiros palestinos.
No dia 19 de janeiro, o início do cessar-fogo foi adiado em algumas horas por Israel, já que o Hamas ainda não tinha divulgado a lista de reféns a serem devolvidos no dia. Apesar das tensões, as mulheres foram entregues algumas horas depois à Cruz Vermelha, que as levou até às Forças de Israel.
A próxima troca de reféns e prisioneiros está prevista para acontecer no dia 25 de janeiro de 2025.
Campanha militar na Cisjordânia
Apesar do cessar-fogo estar em andamento com o Hamas, o conflito ainda continua em outras frentes. No dia 21 de janeiro, Israel iniciou uma campanha militar na Cisjordânia, com o objetivo de combater o terrorismo em Jenin, segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O Hamas e a Jihad Islâmica, um grupo militante palestino, incentivaram os palestinos na Cisjordânia a resistirem ao Exército de Israel. Com isso, as tensões têm se elevado novamente na região.
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Fontes: