15 de novembro: Dia da Proclamação da República

Por Estratégia Militares

Você conhece a história do Dia da Proclamação da República? Entenda por que os militares tomaram o poder e o que aconteceu depois que Dom Pedro II deixou o poder!

Desde sua independência, o Brasil viveu 70 anos de monarquia. Porém, após a Guerra do Paraguai, nos endividamos com os bancos ingleses e D. Pedro II começou a ser contestado por alguns grupos importantes da sociedade brasileira.

Por que a monarquia caiu?

Pressão abolicionista

A força dos grupos abolicionistas cresceu após a participação de negros escravizados na Guerra do Paraguai. A pressão social levou à criação de várias leis a favor da abolição e, por fim, à assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel.

Porém, não houve ações para incorporar os ex-escravos na sociedade nem compensação para os ex-proprietários. Isso rendeu críticas tanto por parte dos escravistas quanto dos abolicionistas.

Insatisfação da Igreja

No Brasil, a Igreja Católica estava subordinada ao Estado e o imperador podia até anular ordens do Papa. Em 1864, D.Pedro II rejeitou uma bula que excluía membros da Maçonaria e puniu os bispos que a aplicaram. Por isso, a Igreja deixou de apoiar o imperador.

Posição do Exército

Mesmo após o destaque na Guerra do Paraguai e o prestígio junto à população, o Exército era escanteado pelo governo.

Essa situação fez com que muitos oficiais passassem a reivindicar melhores condições de trabalho e aumento no soldo.

Alguns passaram a apoiar a ideia de uma República Positivista com forte poder central, além de separação clara entre Igreja e Estado. Um deles foi Benjamin Constant e os militares da Escola Militar da Praia Vermelha.

Manifesto Republicano

No ano de 1870, foi lançado no Rio de Janeiro o Manifesto Republicano, composto por grupos que apoiavam a queda da Monarquia.

Em seguida, em São Paulo, foi lançado o Partido Republicano Paulista formado majoritariamente por cafeicultores.

As elites já apoiavam a ideia de uma República. Contudo, os cafeicultores de São Paulo queriam o federalismo para garantir autonomia política e econômica.

Já os militares, de maioria positivista, apoiavam a centralização política, para facilitar a condução de reformas.

Federalismo x Centralização

Em 11 de novembro de 1889, líderes republicanos representados por Rui Barbosa, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério e o coronel Sólon Ribeiro se reuniram na casa do Marechal Deodoro da Fonseca para convencê-lo a liderar o golpe.

Proclamação da República

O marechal era amigo pessoal de D.Pedro II e resistiu. No entanto, após rumores de que ele seria preso pelo imperador, derrubou o Ministro da Marinha e assinou a criação da República, em 15 de novembro de 1889.

Fim da Monarquia

O Marechal Deodoro também ordenou a partida da família real, que deixou o Brasil logo em seguida.

O período subsequente ficou conhecido como República da Espada, no qual o país foi presidido por militares.

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Web Stories: Raquel Oshio Textos: Lucas Gonçalves Imagens:  Wikimedia Commons, Domínio Público, Flickr, Unsplash, Reuters e Pexels.