Missões no Exterior: quais funções o militar pode assumir?

Missões no Exterior: quais funções o militar pode assumir?

Você sabia que os militares também podem realizar missões no exterior em tempos de paz? Há diversas funções que um militar pode assumir e o Estratégia Militares trouxe as principais para você conhecer! 

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Existem dois tipos de missões no exterior: as diplomáticas e as não-diplomáticas. Ao menos mil militares participam todos os anos.

Missões Diplomáticas 

As missões diplomáticas são formadas por diplomatas e outros funcionários responsáveis por representarem o país em outro território. Algumas das funções que um militar pode assumir dentro da categoria de missões diplomáticas são de adido, conselheiro militar na ONU e representante do Brasil na Junta Interamericana de Defesa (JID). 

Adidos 

O adido é um oficial militar que atua em missões diplomáticas junto a governos estrangeiros. Eles ficam localizados na embaixada e seu período de permanência é de um ano. Sua principal função é a coleta e a troca de informações com o governo estrangeiro e trabalhar no estreitamento de relações com autoridades militares locais.

Além disso, o adido pode coordenar a passagem ou permanência temporária de comandos de tropas, navios de guerra ou de aeronaves militares brasileiras no país de atuação. Também deve assessorar o embaixador em questões militares e promover a indústria de defesa nacional para facilitar o encaminhamento de compras. 

Visita de adidos de outros países à Santa Maria (RS). Fonte: Divulgação/EB.

Não existe um processo seletivo para se tornar um adido militar. No entanto, para ser convocado, é necessário realizar cursos de formação, especialização ou aperfeiçoamento das atividades militares em outras nações, com o objetivo de criar ou manter os laços com os países parceiros. 

Conselheiros Militares na ONU

O conselheiro militar assessora à Missão Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) em assuntos relacionados à Defesa. 

Algumas de suas atribuições são acompanhar as discussões referentes a: 

  • Operações de Paz; 
  • Direito ao mar e patrimônio subaquático;
  • Desarmamento nuclear; 
  • Segurança cibernética; 
  • Controle de armas de destruição em massa nucleares, biológicas e químicas; 
  • Controle de material físsil; 
  • Armamento convencional; e 
  • Corrida armamentista no espaço exterior.

Além disso, ele também deve manter relações com os conselheiros militares de outras missões permanentes e com organizações internacionais ligadas à ONU, relevantes para a Defesa. O conselheiro militar é acompanhado de três assessores, um de cada uma das Forças Armadas. 

Junta Interamericana de Defesa

A Junta Interamericana de Defesa (JID) foi fundada em 1942 e é parte da Organização dos Estados Americanos (OEA) dedicada a promover a cooperação em defesa e segurança do hemisfério. Ela é composta de 29 países membros, atualmente. 

O Ministério da Defesa mantém um escritório de Representação do Brasil junto à JID (RBJID). Entre as principais linhas de trabalho, estão:

  • Defesa Cibernética; 
  • Medidas de Fomento da Confiança e da Segurança nas Américas; 
  • Desminagem Humanitária; 
  • Mecanismos de Cooperação em caso de Desastres (MECODE); 
  • Mulher, Paz e Segurança; 
  • Gestão de Arsenais; 
  • Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário. 

Missões Não-Diplomáticas 

Nesse caso, os militares não são, necessariamente, representantes do Brasil no estrangeiro. Quando eles vão em intercâmbios de estudos ou até para tarefas como fiscalizar a produção de equipamentos, isso é considerado uma missão não-diplomática. Veja alguns exemplos.

Observadores da ONU

Observadores militares acompanham as Missões de Paz da ONU e são oficiais que andam desarmados, usando apenas a bandeira e o capacete azul das Nações Unidas. Nesse caso, eles não estão representando um país específico, mas, sim, a ONU. 

Algumas das principais funções de um observador militar são: monitorar acordos de cessar-fogo e promover a realização de referendos entre a população local, a fim de averiguar se a autodeterminação da região é possível. Eles costumam ser enviados para locais precários e de conflito. 

Fonte: Divulgação/FAB

Intercâmbio 

É muito comum haver cooperação entre as Academias Militares e outras trocas educacionais entre as instituições de formação militar. Elas são frutos de acordos entre as nações amigas e fortalecem a cooperação internacional. 

O Brasil tanto envia militares em intercâmbios, como também recebe muitos militares estrangeiros. Além disso, também são realizados eventos sobre os mais diversos temas em cooperação com outros países, principalmente com os Estados Unidos. Se o militar fizer um curso no exterior que não esteja relacionado com as Forças Armadas, ele também conta como uma missão não-diplomática.  

Representações, Comissões e Fiscalização 

Existem várias outras tarefas que um militar pode realizar no exterior e que também contam como missão não-diplomática. Isso vale para integrantes de representações do Brasil no exterior, comissões militares e até para aqueles que foram com a missão de fiscalizar a produção de equipamentos e receber treinamento para sua operação e/ou manutenção. 

Quanto ganha um militar em missão no exterior?

Os militares em missão no exterior recebem sua remuneração em dólares ou numa combinação de dólares e reais. Segundo a base estabelecida em 2013, a média do salário de um militar no exterior é de US$ 10,288.51, de acordo com as informações divulgadas pelo Ministério de Defesa. 

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Fontes: 

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