O que comem os militares? Conheça as rações operacionais!

O que comem os militares? Conheça as rações operacionais!

Já parou para pensar o que os militares comem durante as missões? A alimentação é um aspecto crucial das operações e pode decidir a sobrevivência e até a vitória das tropas. O Estratégia Militares trouxe para você um pouco sobre as chamadas “rações operacionais” que as nossas Forças Armadas fornecem aos militares em campo!

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Um brasileiro sedentário consome, em média, 2.000 calorias por dia – imagine, então, o quanto um militar em serviço precisa para se sustentar! Agora, como é possível transportar comida para um batalhão inteiro? E mais, como fazer para ela não estragar? E se não tiver uma cozinha, como será possível prepará-la?

Quem desenvolve a alimentação das Forças Armadas precisa levar em conta todos esses aspectos. Por isso, as rações operacionais são fruto da união entre governo, empresas privadas e institutos de pesquisa. Vamos explicar a seguir! 

O que são rações operacionais? 

Quem já assistiu aqueles filmes de guerra deve lembrar-se do tipo de comida que os soldados tinham e sua aparência nada apetitosa. A boa notícia é que as rações operacionais de hoje não são mais os enlatados duvidosos de antigamente! Vale lembrar que elas só são utilizadas quando o militar está em missão. Caso contrário, ele se alimenta normalmente no rancho da sua base. 

Hoje, as rações operacionais são compostas principalmente de alimentos desidratados, liofilizados ou termoprocessados. Macarrão instantâneo, por exemplo, é um tipo de comida liofilizada, que utiliza a tecnologia de vácuo para desidratar o alimento. 

Os alimentos termoprocessados são os principais componentes da ração operacional. Eles vêm em pacotes que parecem sachês de plástico grandes. A comida é colocada semipronta dentro dessas embalagens e cozida em grandes máquinas, chamadas autoclaves, que esterilizam os pacotes ao mesmo tempo. 

Autoclave com os pacotes de ração operacional. Fonte: Reprodução/FAB

Na hora de comer, o militar só precisa colocar a embalagem um pouquinho na água quente e abrir o sachê para consumir a comida. Dentro do próprio pacote da ração operacional é disponibilizado um fogareiro em miniatura e álcool para acendê-lo, como panela improvisada, os militares devem usar o seu caneco de ferro! Prático, não é?

Como são as rações? 

As rações operacionais variam de tamanho e conteúdo, de acordo com o propósito para a qual ela foi concebida. Existem três tipos: 

  • 24 horas: também chamada de ração operacional de combate. A ideia é que ela dure por 24 horas, com quatro refeições, sendo elas café, almoço, jantar e ceia; 
  • 12 horas: chamada de ração de emergência, voltada para quem está em missão por 12 horas. É composta por duas refeições, café e almoço ou jantar e ceia. 
  • 6 horas: tem o nome de ração de adestramento. Tem só uma refeição, almoço ou jantar. 

Existem vários cardápios para cada tipo de ração operacional e eles também variam de acordo com a Força Armada. São 10 opções para o Exército, 5 para a Marinha e 6 para a Aeronáutica. 

Quem produz as rações? 

Desde 2003, existe a Comissão de Estudos de Alimentação para as Forças Armadas (CEAFA) do Ministério da Defesa, que tem a função de melhorar a qualidade das rações operacionais. O CEAFA trabalha junto com institutos de pesquisas e empresas privadas para desenvolvê-las. 

As rações operacionais são produzidas por empresas terceirizadas e a principal fornecedora das Forças Armadas é a Cellier, baseada na cidade de Campinas (SP). Ela foi pioneira ao desenvolver a linha de rações termoprocessadas para o mundo militar. Dentre os cardápios oferecidos, são 10 opções para o Exército, 5 para a Marinha e 6 para a Aeronáutica. 

A FAB fez uma reportagem para mostrar como são feitas as rações operacionais. Você pode assistir abaixo: 

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Fontes: 

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