Conheça a história do Monumento dos Pracinhas no Rio de Janeiro!

Conheça a história do Monumento dos Pracinhas no Rio de Janeiro!

Já ouviu falar do Monumento dos Pracinhas, localizado no Rio de Janeiro? Esse importante marco homenageia os corajosos soldados brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial. No começo de 2025, um projeto para revitalizar o monumento foi assinado pelo Exército e pelo Ministério da Defesa. O Estratégia Militares conta mais sobre o assunto para você! 

Quem foram os pracinhas? 

O termo “pracinhas”, que dá nome ao monumento no Rio de Janeiro, é usado para se referir aos soldados da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, que representaram nosso país na Segunda Guerra Mundial. O apelido vem da expressão “sentar praça”, que significa alistar-se no Exército. 

A FEB foi criada em 1943, com um contingente de 25.445 homens, especificamente para lutar contra os nazistas e fascistas na guerra. Os pracinhas foram verdadeiros heróis nacionais, que lutaram em solo europeu e representaram o Brasil no maior conflito bélico da história! 

Feitos da Força Expedicionária Brasileira 

A FEB atuou principalmente junto ao V Exército Americano na missão de conter o avanço alemão sobre o território da Itália. O objetivo era impedir que eles chegassem à França, onde aconteceu a grande ofensiva final dos Aliados – o famoso Dia D nas praias da Normandia. 

As mais famosas batalhas travadas pelos soldados brasileiros foram a conquista de Monte Castelo e a Batalha de Fornovo. Nossos pracinhas conseguiram atravessar a linha defensiva criada por alemães e italianos – chamada linha gótica – sob o rigoroso clima da cordilheira dos Apeninos. 

A FEB durante a campanha em Monte Castelo

A conquista de Monte Castelo, em especial, era uma área íngreme e de difícil acesso, o que tornava a invasão uma tarefa extremamente complicada. Foi apenas em fevereiro de 1945, que a FEB, o V Exército Americano e os ingleses conseguiram trabalhar juntos para tomá-lo no que foi chamado de Operação Encore. 

Com a derrota, os alemães fugiram pelo Vale do Pó. Para impedir que eles se recompusessem, a Força Expedicionária Brasileira foi mandada em seu encalço, na chamada Ofensiva de Primavera, que durou de abril a maio de 1945. A FEB conseguiu, por fim, cercar os alemães na região de Fornovo-Respício. 

Os comandantes da FEB intimaram os alemães a se renderem, o que resultou em 14.779 inimigos capturados, uma das maiores rendições da Segunda Guerra Mundial em números. 

Além dessas duas batalhas famosas, a FEB também atuou em Castelnuovo, nas tomadas das comunas de Massarosa e de Camaiore e de Monte Prano. 

O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial 

Anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o comandante da FEB, o Marechal Mascarenhas de Moraes idealizou o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), o nome oficial do Monumento dos Pracinhas. Ele foi inaugurado em 5 de agosto de 1960 e foi construído para abrigar os restos mortais dos soldados que batalharam na Itália. 

Os brasileiros que morreram em ação foram inicialmente enterrados no cemitério de Pistóia, na Itália, na época da Segunda Guerra Mundial. As 468 urnas foram transladadas da Itália para o Brasil em dezembro de 1960 e trazidas para o Monumento em solenidade militar. Além dos restos mortais, o memorial também guarda os pertences, armas e equipamentos que os soldados utilizaram na guerra. 

O Monumento dos Pracinhas é sempre guardado por militares e, a cada mês, uma das Forças Armadas é a responsável. Assim, há um rodízio entre a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. A troca é feita durante a Rendição Mensal da Guarda, que acontece geralmente na primeira quarta-feira do mês. 

O Monumento dos Pracinhas em partes

Um concurso nacional foi realizado para escolher qual seria o projeto arquitetônico utilizado para a construção do Monumento dos Pracinhas. Os ganhadores foram Marcos Konder Netto e Hélio de Ribas Marino. O memorial tem, ao todo, 10 mil m2 e é dividido em três áreas: plataforma, patamar e subsolo. 

Plataforma 

É a parte que contém as famosas esculturas do Monumento dos Pracinhas. Nela estão: 

  • o Pórtico Monumental; 
  • o Túmulo do Soldado Desconhecido: é o centro das grandes solenidades cívicas e está entre os pilares do Pórtico Monumental; 
  • a Escultura Metálica: de Júlio Catelli Filho, homenageia a Força Aérea Brasileira; 
  • o Grupo Escultórico: de Alfredo Ceschiatti, é a escultura de três homens, que pode ser vista acima do monumento, representa as três Forças Armadas; 
  • a Pirâmide Triangular. 

Patamar

Já no Patamar encontram-se: 

  • a Sala de Exposições: onde é possível ver o equipamento e outros objetos utilizados pelos soldados durante as campanhas na Itália; 
  • o Jardim Interior: que mostra o caminho percorrido pelas tropas; 
  • o Lago; 
  • os Painéis de Cerâmica: em homenagem às Marinhas Mercantes e de Guerra. 

Subsolo

Já no subsolo é onde se encontra o Mausoléu, o lugar de descanso dos mais de 400 soldados brasileiros que morreram na Itália. Além disso, é onde é possível encontrar um acervo histórico acerca do Marechal Mascarenhas de Moraes, o comandante da FEB. 

Algumas solenidades importantes acontecem no local, como as comemorações do Dia da Vitória, a homenagem aos mortos das Marinhas de Guerra e Mercante na Segunda Guerra Mundial e a homenagem do Dia de Finados em memória aos mortos na guerra. 

Restauração do Monumento dos Pracinhas 

O Monumento dos Pracinhas foi inaugurado há 65 anos e sofreu vários desgastes com o passar dos anos. A deterioração do memorial tem o risco de causar o colapso do Monumento, por isso, obras de restauração precisam ser feitas para sua recuperação. 

Acordos entre o Ministério de Defesa, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e o Exército Brasileiro foram feitos nos primeiros meses de 2025 para colocar o projeto em andamento. Ele será feito em parceria com a Fundação Cultural Exército Brasileiro (Funceb). 

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Fontes: 

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