Assentos ejetáveis: saiba mais sobre esse equipamento dos caças!

Assentos ejetáveis: saiba mais sobre esse equipamento dos caças!

Os assentos ejetáveis são responsáveis por salvarem as vidas de pilotos, quando suas aeronaves apresentam panes. Para saber mais sobre esse equipamento, confira esse artigo, que o Estratégia Militares preparou para você!

A aviação é um dos meios de transporte mais seguros do mundo, com equipamentos que envolvem o emprego de alta tecnologia no seu desenvolvimento e planejamento para os mais diversos cenários.

Na aviação militar e civil de alta performance, a segurança do piloto e da tripulação é prioridade máxima, especialmente em situações de emergência onde a integridade da aeronave pode estar comprometida. 

Para essas ocasiões, os assentos ejetáveis surgem como um dos recursos mais complexos para a preservação da vida humana. Esse sistema engenhoso e altamente tecnológico permite que pilotos abandonem a aeronave com rapidez e segurança, mesmo em condições extremas. 

O que são os assentos ejetáveis?

O assento ejetável é um dispositivo projetado para expelir, de maneira rápida e segura, um ocupante da aeronave em caso de emergência. 

Geralmente utilizado em aviões militares – como caças e jatos de alta velocidade –, o assento ejetável é um sistema de escape que pode ser acionado pelo próprio piloto quando há uma ameaça direta à sua integridade, seja por falha mecânica, avaria no sistema de controle, incêndio, pane elétrica ou dano estrutural irreversível.

Esse sistema se difere de outros métodos de escape, pois possibilita a ejeção mesmo em condições adversas, como alta velocidade, altitudes elevadas e até em voo invertido – apesar de não ser o ideal.

As operações com assento ejetável ocorrem em frações de segundo, com mecanismos projetados para reduzir os riscos durante o processo de ejeção e garantir que o piloto tenha condições adequadas para acionar o paraquedas e, finalmente, tocar o solo com segurança.

Assentos ejetáveis

Como funciona o assento ejetável?

O acionamento do assento ejetável envolve uma sequência minuciosa e complexa de eventos, que ocorre em milissegundos. Quando o piloto decide acionar o sistema, ele puxa uma alavanca ou cordão, geralmente localizada entre as pernas ou no topo do assento. Esse acionamento inicial detona pequenos explosivos ou cartuchos propelentes que ativam o sistema de ejeção.

A sequência padrão de ejeção é composta por três etapas:

1. Romper o canopi (ou canópia);

Essa primeira etapa consiste no rompimento das travas do canopi da aeronave, a cobertura que protege a cabine. 

Em aviões mais modernos, o assento ejetável possui um sistema que estilhaça o canopi automaticamente, o que facilita a ejeção sem que o piloto precise esperar que a proteção se desprenda por completo. 

Esse rompimento ocorre por um pequeno explosivo ou por um dispositivo conhecido como “detonador de corda explosiva”, que cria um caminho seguro para a saída vertical do assento.

2. Ejeção do assento

Com a abertura do canopi, o assento, acionado por uma carga propelente ou foguete, é lançado para fora da cabine em alta velocidade. 

Esse impulso inicial é dado por uma carga de propelente instalada na base do assento, e, em alguns modelos, por um sistema adicional de foguetes que acelera ainda mais a ejeção. Isso garante uma distância segura entre o piloto e a aeronave. 

Em alguns modelos de aeronaves mais avançados, o assento pode ejetar até mesmo em baixa altitude e baixas velocidades, o que aumenta a segurança para o piloto em situações críticas próximas ao solo.

3. Abertura do paraquedas e pouso seguro

Após a ejeção do assento e a separação segura da aeronave, o piloto passa por uma última etapa: a abertura do paraquedas. Em assentos modernos, a ativação do paraquedas é automática e é acionada quando o piloto atinge uma altitude segura ou, em alguns casos, uma velocidade reduzida. 

Sistemas avançados monitoram as condições da ejeção e, com base em sensores de altitude e velocidade, determinam o momento ideal para a abertura do paraquedas, aumentando as chances de um pouso controlado e seguro.

A tecnologia dos assentos ejetáveis

Desde o desenvolvimento do primeiro assento ejetável, em meados do século XX, até os modelos mais modernos, esses dispositivos passaram por uma evolução significativa, com o aprimoramento de seus mecanismos de segurança e controle. 

Quando a tecnologia dos assentos ejetáveis surgiu, estes eram acionados por molas e cargas de pólvora. Atualmente, utilizam sistemas propelentes de foguetes, sensores eletrônicos e, em alguns casos, sistemas de guiagem que orientam o ângulo e a velocidade da ejeção.

Além de sua aplicação em aeronaves militares, os assentos ejetáveis são utilizados em aeronaves de testes, de treinamentos e em algumas operações espaciais, como veículos de lançamento tripulados. 

Na aviação civil, no entanto, o uso de assentos ejetáveis é menos comum devido à complexidade do sistema e ao ambiente diferente em que essas aeronaves operam, além das limitações de espaço e peso.

Quais os riscos de se acionar um assento ejetável?

Embora seja uma medida extrema, o assento ejetável representa um recurso fundamental para a segurança de pilotos em situações de emergência. Contudo, seu uso não é isento de riscos. 

A ejeção impõe uma enorme carga de força e aceleração sobre o corpo do piloto, e pode causar lesões, como fraturas e deslocamentos articulares, especialmente na coluna. Por isso, o treinamento adequado e o preparo físico do piloto são essenciais para minimizar os riscos associados à ejeção.

A evolução tecnológica continua a avançar com o desenvolvimento de assentos ejetáveis mais seguros e eficientes, que garantem a preservação da vida em circunstâncias nas quais, décadas atrás, a sobrevivência era improvável.

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Referências

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