A Marinha do Brasil comemorou nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, os 41 anos da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). O equipamento é muito importante para o nosso país em diversas frentes, mas uma delas é a reafirmar a presença brasileira no Continente Branco.
Desde que a estação foi inaugurada, em 6 de fevereiro de 1984, ela passou por diversas modernizações e ampliações. Desta forma, pode se consolidar como um importante polo para estudos científicos interdisciplinares presente em um dos ambientes mais desafiadores do nosso planeta: a Antártida. Saiba mais informações com o Estratégia Militares!
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Localização e função
A Estação Antártica Comandante Ferraz fica localizada na Ilha Rei George, na Baía do Almirantado, na Antártica. Ela abriga militares e pesquisadores que buscam conhecer e desvendar os mistérios do ecossistema da região.
A eficiência energética e a qualidade das instalações da EACF possibilitam a realização de pesquisas em condições confortáveis, sustentáveis e seguras. Hoje, os estudos realizados na estação abrangem áreas como vigilância epidemiológica, microbiologia, meteorologia e biotecnologia.
Os resultados obtidos pelas pesquisas na EACF ampliam o nosso aprendizado sobre a Antártica e geram informações importantes sobre os impactos dos eventos climáticos extremos no mundo, no território terrestre brasileiro e na área da Amazônia Azul.
A produção de conhecimento das pesquisas na EACF consolida o Brasil como um dos principais atores do Sistema do Tratado Antártico. Isso reforça o compromisso do país com a promoção da cooperação internacional, a preservação ambiental e a pesquisa científica.
O nome da EACF foi escolhido como uma homenagem o Capitão de Fragata Luiz Antônio de Carvalho Ferraz, um dos pioneiros do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Ele desempenhou um papel fundamental na realização do objetivo de assegurar a presença permanente do Brasil na Antártica.
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Reconstrução após incêndio
Em fevereiro de 2012, a EACF sofreu um incêndio que afetou 70% das instalações. Mesmo após o ocorrido, os trabalhos prosseguiram na estação com os recursos ainda disponíveis. Foram o Navio Polar (NPo) “Almirante Maximiano”, o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) “Ary Rongel” e os laboratórios que não foram atingidos que garantiram a continuidade.
Além disso, instituições de países com os quais o Brasil mantém cooperação na Antártica enviaram apoio. Dessa forma, foi possível o desenvolvimento de atividades em conjunto. As parcerias possibilitaram ainda o uso de outras estações antárticas durante a reconstrução da EACF, assegurando que a produção científica continuasse.
Em janeiro de 2020, a estação reabriu suas portas, após uma profunda reestruturação, contando com 17 laboratórios – 14 no edifício principal e três em módulos isolados. Foram construídas ainda áreas de convivência, técnicas e de operação. A EACF é considerada hoje uma das mais modernas e seguras do Continente Antártico.
O PROANTAR
O PROANTAR foi criado em 12 de janeiro de 1982. Ele nasceu com o propósito de elevar o Brasil de mero espectador a um participante respeitado e ativo nas decisões sobre a Antártica.
O programa tem como objetivo entender os fenômenos que ocorrem na região e que possuem repercussão global e em especial no território brasileiro. Além disso, ele assegura ao Brasil a condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica, o que garante plena participação em processos decisórios sobre o futuro seu futuro.
O PROANTAR tem à sua frente a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), da Marinha do Brasil.
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Suporte logístico
A Marinha do Brasil usa uma variedade de recursos navais para o apoio logístico ao PROANTAR. !uando as condições de navegação são ideais, durante o verão austral, são enviados os navios NApOc “Ary Rongel” e o NPo “Almirante Maximiano” para a região. Além disso, dois helicópteros UH-17 são embarcados.
A ideia é garantir a continuidade das operações logísticas do PROANTAR. Os equipamentos facilitam a a realização de levantamentos hidrográficos e a montagem de acampamentos científicos. Os navios atuam ainda como plataformas móveis para pesquisas em química, oceanografia, biologia e meteorologia.
Os militares convocados para atuar na EACF integram o chamado Grupo-Base. Eles têm a responsabilidade de assegurar o desenvolvimento e a segurança das atividades científicas, tanto no mar quanto na terra. Os militares operam e mantêm a os equipamentos e a estação durante cada missão, que dura por 13 meses, contribuindo para o sucesso do trabalho realizado na região.
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