No dia 16 de dezembro é comemorado o dia do reservista, fazendo alusão à data de nascimento do poeta Olavo Bilac, grande apoiador do Serviço Militar Obrigatório.
Nesse post, o Estratégia Militares explica o que é a reserva das Forças Armadas e qual a sua importância para o país, além revelar qual a relação do “príncipe dos poetas” com o militarismo.
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Quem são os reservistas?
Compõem a reserva das Forças Armadas todos aqueles que estejam licenciados do serviço ativo e sujeitos à incorporação, mediante convocação, pelo Ministério da Defesa, por intermédio da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.
Os Oficiais Temporários, que forem para a reserva, fazem parte do Corpo dos Oficiais da Reserva (CORE) e Oficiais da Reserva da 2ª classe (R/2). Já as praças integram a reserva da 1ª ou da 2ª categoria.
Nos 5 anos seguintes ao licenciamento, os Oficiais e Praças da reserva não remunerada devem realizar o Exercício de Apresentação da Reserva (EXAR), que ocorre entre os dias 9 e 16 de dezembro. O comparecimento visa manter todos os dados atualizados, além de manter os laços estreitos entre o reservista e as Forças Armadas.
O que é o Serviço Militar Obrigatório?
O Serviço Militar Obrigatório precede à reserva das Forças Armadas. Ele está previsto na Constituição e impõe que todo jovem do sexo masculino, ao completar 18 anos de idade, deve realizar o Alistamento Militar.
Todos os anos, mais de 1 milhão de homens se alistam e mais de 50 mil ingressam nas Forças Armadas, tornando o alistamento militar um dos maiores geradores de emprego para os jovens do país.
Quem é o Patrono do Serviço Militar?
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi escolhido como Patrono do Serviço Militar por todo seu histórico de apoio ao serviço militar, além de ser reconhecidamente um patriota.
Nascido no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro do ano de 1865, Olavo Bilac possui conexão com o meio militar desde os seus primeiros dias de vida, pois seu pai era médico do Exército Brasileiro e, justamente no momento de nascimento do filho, servia à pátria na Guerra do Paraguai.
Na sua infância, Olavo já se mostrava diferente das outras crianças. Aos 15 anos de idade, ele ingressou na faculdade de Medicina, realizando um sonho de seu pai. Contudo, abandonou o curso no 4° ano e migrou para o Direito, com o qual também não se identificou.
Após desistir de mais um curso, Olavo Bilac começou a se dedicar exclusivamente ao que realmente gostava: a poesia e o jornalismo.
Suas primeiras poesias foram publicadas no ano de 1883 e, poucos anos depois, em 1887, ele já substituia Machado de Assis, um dos maiores cronistas da época, na Gazeta de Notícias.
Suas obras se resumiam às causas sociais brasileiras. Em meio a perseguições políticas e outras dificuldades, Olavo Bilac viajou por todo o país propagando a importância do Serviço Militar Obrigatório, proferindo uma frase que o marcou como grande defensor dessa causa:
“O Serviço Militar é o triunfo completo da democracia, nivelamento das classes, a escola da ordem, da disciplina, da coesão, o laboratório da dignidade e o patriotismo.”
Outro ponto de destaque da carreira do nacionalista Olavo Bilac foi a autoria do “Hino à Bandeira Nacional”.
Salve lindo pendão da esperança! Salve símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul, A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever, E o Brasil por seus filhos amado, poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre sagrada bandeira Pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!
Olavo Bilac morreu no dia 28 de dezembro de 1918, em virtude de uma insuficiência cardíaca e um edema pulmonar.
Nos anos seguintes à sua morte, o Serviço Militar foi ganhando cada vez mais importância até ser positivado na Constituição Federal de 1988.
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