10 de junho: Dia da Arma de Artilharia do Exército

10 de junho: Dia da Arma de Artilharia do Exército

No calendário das Forças Armadas do Brasil, o dia 10 de junho ocupa um lugar especial. Nessa data, o Exército Brasileiro celebra o Dia da Arma de Artilharia, em homenagem ao nascimento do marechal Emílio Luiz Mallet, patrono da Arma. Figura histórica de grande importância, Mallet destacou-se por sua bravura, competência técnica e dedicação ao país, especialmente durante a Guerra do Paraguai.

A Artilharia, tradicionalmente considerada a “arma da decisão”, ocupa papel fundamental na estrutura militar brasileira. Desde o período colonial até as operações modernas, ela evoluiu em doutrina, tecnologia e poder de fogo, garantindo apoio essencial às tropas nas mais diversas situações de combate.

Neste artigo, exploramos a importância da Arma de Artilharia para o Exército Brasileiro, a trajetória do marechal Mallet e o significado das homenagens prestadas todos os anos no dia 10 de junho.

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A Arma de Artilharia do Exército Brasileiro: tradição, força e tecnologia

A Artilharia sempre ocupou posição estratégica nas operações militares. No Brasil, sua origem remonta ao período colonial, quando canhões eram utilizados na defesa de fortalezas e na proteção dos portos. Com o tempo, a Artilharia foi se modernizando, integrando novos armamentos, táticas e especializações, até se tornar uma das mais estruturadas e versáteis do Exército.

A evolução histórica

A primeira unidade de Artilharia organizada no Brasil data de 1709, durante o período colonial português. Já no século XIX, após a independência, o Exército passou a estruturar suas armas de forma mais definida, sendo a Artilharia uma das mais valorizadas devido à sua capacidade de decisão em campo de batalha.

Durante o Império, a Artilharia brasileira destacou-se em diversos conflitos, como a Guerra da Cisplatina e a Guerra do Paraguai, consolidando-se como componente essencial da doutrina militar nacional.

Especializações da Arma

Atualmente, a Arma de Artilharia se divide em Artilharia de Campanha e Artilharia Antiaérea. A Artilharia de Campanha é responsável pelo apoio de fogo indireto, atuando a distâncias que variam de dezenas a centenas de quilômetros. Já a Artilharia Antiaérea visa proteger tropas, instalações e infraestruturas estratégicas contra ameaças vindas do espaço aéreo.

Ambas as vertentes da Artilharia utilizam recursos de alta tecnologia, como radares, sistemas de comando e controle, munições guiadas e equipamentos de visão noturna. Essa modernização permite que o Brasil mantenha sua capacidade de dissuasão e prontidão para defesa nacional.

Artilharia no século XXI

Com a transformação digital no meio militar, a Artilharia brasileira vem se adaptando às novas exigências do campo de batalha. O uso de sistemas automatizados de tiro, sensoriamento remoto, drones de observação e simuladores de combate tem garantido maior eficiência, precisão e segurança às operações.

Além disso, a formação dos militares da Artilharia é pautada por um ensino técnico de excelência, promovido em escolas como a EsAO (Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais) e a AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), onde os cadetes aprendem não apenas a operar os sistemas, mas a pensar estrategicamente o uso do poder de fogo em diferentes cenários.

Emílio Luiz Mallet: o patrono da Arma de Artilharia

O marechal Emílio Luiz Mallet é uma das figuras mais emblemáticas da história militar brasileira. Patrono da Arma de Artilharia, ele é lembrado por seu profissionalismo, bravura em combate e profundo conhecimento técnico, sendo até hoje referência entre os artilheiros do Exército.

Infância e formação

Emílio Luiz Mallet nasceu em 10 de junho de 1801, na cidade de Dunquerque, na França, e chegou ao Brasil ainda jovem, acompanhando seu pai, que se estabeleceu no país após a vinda da corte portuguesa. Com forte inclinação para a carreira militar, ingressou nas fileiras do Exército ainda na juventude, mostrando-se talentoso especialmente na área da Artilharia.

Mallet foi aluno da Academia Real Militar, embrião da atual AMAN, onde teve uma formação sólida em matemática, física e balística, disciplinas fundamentais para o serviço de Artilharia da época.

Carreira e feitos militares

Sua carreira é marcada pela participação em conflitos decisivos, como a Guerra da Cisplatina (1825–1828) e, especialmente, a Guerra da Tríplice Aliança (1864–1870). Foi nesse último conflito que Mallet consolidou seu nome na história nacional, comandando a Artilharia com precisão cirúrgica nas campanhas do Paraguai.

Durante a guerra, destacou-se na batalha de Tuiuti e na passagem de Humaitá, eventos em que a Artilharia brasileira teve papel determinante para o avanço das tropas aliadas. Sua liderança técnica e humana fez dele um comandante respeitado por seus pares e temido pelos adversários.

Mallet era conhecido pelo zelo com suas tropas e pela coragem em campo. Envolvia-se pessoalmente na supervisão das baterias de canhões, assegurando a eficácia das operações de tiro mesmo sob intenso fogo inimigo.

Reconhecimento e legado

Após o fim da Guerra do Paraguai, Mallet recebeu diversas condecorações, culminando com a patente de marechal, o mais alto posto da hierarquia militar da época. Sua reputação como mestre da Artilharia garantiu que, anos mais tarde, fosse oficializado como patrono da Arma de Artilharia do Exército Brasileiro.

Até hoje, seu nome é invocado como exemplo de competência, lealdade e patriotismo. Diversas unidades militares, escolas, avenidas e praças em todo o país levam seu nome, perpetuando seu legado para as futuras gerações.

O Dia da Arma de Artilharia e as homenagens no Exército Brasileiro

O Dia da Arma de Artilharia, celebrado anualmente em 10 de junho, é mais do que uma homenagem a Emílio Mallet. A data representa o reconhecimento da importância da Artilharia na história e na estrutura contemporânea do Exército Brasileiro.

Celebrações e tradições

Em todo o Brasil, unidades de Artilharia realizam formaturas, cerimônias, palestras, demonstrações operacionais e atividades cívico-sociais em homenagem à data. Um dos pontos altos das celebrações é a entrega de medalhas e diplomas de mérito a militares e civis que contribuíram com a Arma.

Na Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, no Rio de Janeiro, e no 38º Grupo de Artilharia de Campanha, em Cruz Alta (RS), as homenagens ao patrono e à Arma ganham destaque, reunindo veteranos, alunos e convidados especiais.

Formação e modernização contínua

O Exército investe continuamente na modernização de seus meios de Artilharia. Novos sistemas de armas, como os obuseiros autopropulsados M109A5+ BR, e projetos de aquisição de radares de defesa aérea e sistemas de tiro de precisão, mostram o esforço para manter a Arma atualizada frente aos desafios do século XXI.

Além do investimento em material, há atenção especial à formação dos artilheiros. Cursos regulares e de aperfeiçoamento são oferecidos aos militares da Arma, garantindo que estejam capacitados para atuar em cenários diversos, como missões de paz da ONU, operações conjuntas e defesa territorial.

Um legado que inspira o futuro

O Dia da Arma de Artilharia é um convite à reflexão sobre o papel decisivo da Arma na defesa da soberania nacional. A coragem de seus integrantes, a memória do marechal Mallet e o constante aprimoramento técnico reafirmam a importância da Artilharia como peça-chave na engrenagem das Forças Armadas brasileiras.

Celebrar o Dia da Arma de Artilharia é reconhecer uma das mais nobres tradições do Exército Brasileiro. A trajetória do marechal Emílio Luiz Mallet, seu patrono, serve de inspiração para militares e civis que valorizam o compromisso com o Brasil, a disciplina e a excelência técnica.

Para quem deseja seguir carreira militar ou aprofundar seus conhecimentos sobre a história e estrutura das Forças Armadas, é fundamental compreender o papel estratégico da Artilharia em nossa defesa nacional.

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