Você tem o sonho de se integrar o PELOPES, uma das forças especiais de elite do Exército Brasileiro? O Estratégia Militares preparou tudo o que você precisa saber sobre o Pelotão de Operações Especiais e como se tornar membro desse seleto quadro. Confira!
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O que são Operações Especiais?
Operações Especiais são missões estratégicas, ordenadas pelo comando do Exército Brasileiro, em condições de grande risco e que exigem diversas qualidades dos seus participantes.
O espírito de sacrifício, adaptação, forte e constante vontade, rusticidade e resistência, sobriedade e discrição, camaradagem e coesão, são alguns dos atributos que os envolvidos devem ter.
Essas operações exigem também os melhores e mais atualizados equipamentos disponíveis para as tropas, sendo empregados por meio dos snipers (atiradores de elite), paraquedistas, comandos, dentre outros.
Como foi criado o PELOPES?
A Segunda Guerra Mundial exigiu dos envolvidos grandes estratégias em muitas frentes de combate, o que dificultava o avanço das tropas contra os inimigos.
O comandante da Força Expedicionária Brasileira, general Mascarenhas de Morais, solicitou pequenas frações de tropas que fossem treinadas para a infiltração, nas linhas nazistas, em operações de reconhecimento, patrulhas, emboscadas e destruição de armamentos.
Esses grupos foram fundamentais para as vitórias brasileiras nos campos de batalhas, coletando informações e muitas vezes capturando soldados de guarnições de metralhadoras alemãs sem precisarem disparar um tiro.
Foi na década de 1960, porém, com a experiência da Segunda Guerra, que o comando do Exército Brasileiro estabeleceu uma fração de tropa especial nas unidades de combate regular, que fosse empregada em operações especiais de interesse do comando daquela Organização Militar (OM).
O alto comando deixou a cargo de cada coronel, comandante das unidades de infantaria, cavalaria, artilharia, engenharia de combate e comunicações, decidir se manteria ou não um Pelotão de Operações Especiais (PELOPES).
As unidades que aderissem ao Pelotão de Operações Especiais seriam responsáveis pela equipagem e adestramento da tropa, que era treinada para operar de maneira irregular nas operações.
Essas operações irregulares são quando as tropas regulares já estão empregadas no campo de batalha, com alguma dificuldade de avanço ou sendo reprimidas, e é necessário que algum grupo invada sorrateiramente o terreno inimigo e sabote ou colete informações acerca do inimigo.
A característica principal do PELOPES é o seu emprego típico de comandos, com pequenos efetivos, geralmente composto por um sargento, um cabo e nove soldados.
Como é a seleção de integrantes do PELOPES?
Os oficiais oriundos da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) devem ser voluntários, terem a nota “A” no Teste de Aptidão Física (TAF) da OM, terem feito o Estágio de Patrulhas de Longo Alcance com Características Especiais (para os melhores cadetes do 3º ano da AMAN) e terem concluído com êxito o curso ou estágio operacional do comando militar regional que o oficial estiver inserido.
O Comando Militar da Amazônia e do Norte oferece o curso de operações na Selva. O Comando Militar do Nordeste oferece o Estágio de Operações na Caatinga. O Comando Militar do Planalto oferece o Estágio de Operações no Cerrado. O Comando Militar do Oeste oferece o Estágio de Operações no Cerrado ou Pantanal.
O Comando Militar do Leste oferece Estágio de Operações em Montanha ou Curso de Guia de Montanha. O Comando Militar do Sudeste oferece o Estágio Básico do Combatente Aeromóvel e o Comando Militar do Sul oferece o Estágio Tático de Blindados.
Os sargentos devem ser voluntários, classificados em categoria “A” no TAF (Teste de Aptidão Física) da OM, ter concluído com êxito o curso ou estágio operacional do seu comando militar regional e ter participado do Estágio de Caçador (atirador de elite).
Os sargentos que já possuem o curso de paraquedista militar têm facilidade para fazerem parte do PELOPES de sua OM.
Como é o treinamento de um militar do PELOPES?
Os militares são instruídos a integrarem as Forças de Operações Especiais na execução de operações na retaguarda das forças inimigas, ações de reconhecimento especial, de ataque ou destruição de objetos críticos e de armamentos, de libertação e recuperação de prisioneiros, de salvamento e extração de pessoas.
São hábeis em utilizar técnicas de infiltração e evacuação, sobrevivência, empregando os recursos disponíveis no terreno, em situações de campanha, isolamento ou sem contato com a cadeia de comando.
São treinados para a orientação noturna e diurna, manuseio e emprego de explosivos, transposição de cursos d’água, emprego de embarcações, como botes e caiaques, além do embarque e desembarque de helicópteros.
Qual a função do PELOPES?
O Pelotão de Operações Especiais tem como característica principal as missões típicas de comandos, porém numa área de atuação menor. Atuam contra forças regulares, em operações de reconhecimento especial, contraterrorismo, sabotagem, subversão, auxílio à fuga e evasão de terrenos.
O que diferencia operacionalmente os PELOPES do Batalhão de Ações de Comandos é o maior nível de operacionalidade dos Comandos, comparável às principais tropas de elite do mundo, os quais são subordinados às ordens do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.
Os PELOPES cumprem missões de comandos sempre em apoio à unidade da qual façam parte, subordinados aos seus comandantes de área, como Batalhão, Regimento, Grupo, entre outros.
Outra característica que diferencia os Comandos, ao contrário do PELOPES, é a capacidade aeroterrestre (paraquedista) que possuem que se limita a ser infiltrado ou evacuado pelas unidades aéreas.
Como é o cotidiano de trabalho dos integrantes do PELOPES?
Os membros do PELOPES participam das ações rotineiras das suas OM’s como escalas de serviços, formaturas, treinamentos físicos e rotinas administrativas.
No entanto, os adestramentos específicos do Pelotão têm sido acrescidos a sua rotina, com a participação em cursos conjuntos. Entre eles estão aqueles com unidades de operações especiais militares estaduais (BOPE – Batalhão de Operações Especiais, GIT- Grupo de Intervenção Tática, Choque), visando treinamento de lutas, manuseio e operação de armamento.
Curiosidades sobre o Pelotão de Operações Especiais
- Os PELOPES dispõem dos melhores equipamentos e armamentos disponíveis em suas unidades, como monóculos de visão noturna, o fuzil 7.62mm ParaFAL MD1, recentemente modernizado, o moderno fuzil 5.56mm Imbel IA2 com miras holográficas;
- Os PELOPES têm autorização de utilizarem coberturas diferentes e o gorro com o emblema do pelotão, além do lenço Shemagh, diferentemente dos demais integrantes da OM, nas regiões Sul e Sudeste. No Nordeste e Centro-Oeste utilizam o chapéu camuflado circular;
- Os sargentos caçadores dos PELOPES utilizam o traje Ghillie-Suit (tipo de roupa com camuflagem semelhante a uma espessa folhagem, que sobressai do tecido).
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