Saiba mais sobre a Revolução Verde e a agricultura orgânica!

Saiba mais sobre a Revolução Verde e a agricultura orgânica!

Com o processo de descolonização após a Segunda Guerra Mundial, os países desenvolvidos criaram uma estratégia para elevar a produção agrícola mundial: a Revolução Verde. Ela foi uma das maiores transformações ocorridas na agricultura a partir dos anos 1950. Para saber mais, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!

A primeira Revolução Verde

Concebida nos Estados Unidos, a primeira revolução buscava combater a miséria e a fome nos países subdesenvolvidos. A ideia era introduzir novas técnicas agrícolas, como a utilização de insumos, fertilizantes e agrotóxicos, além da mecanização da produção.

Porém, por trás desse “objetivo nobre”, existia um objetivo maior: aumentar o consumo e a utilização dos produtos e das técnicas criados pelos países desenvolvidos.

Dessa forma, divulgaram-se várias medidas com o objetivo de aumentar a produção e a produtividade da agricultura nos países do Terceiro Mundo.

A mais importante inovação trazida pela Revolução Verde foi as sementes híbridas de cereais, conhecidas pelo alto rendimento. 

A princípio, houve aumento de produção, mas, após alguns anos, verificou-se que a Revolução Verde não contribuiu para erradicar a fome. Pelo contrário, nos países subdesenvolvidos, essa Revolução intensificou a desigualdade.

Os grandes produtores tiveram acesso ao pacote tecnológico, enquanto os pequenos ficaram alijados dos benefícios. Além disso, o aumento de produção desencadeou a redução dos preços das mercadorias agrícolas a valores impraticáveis para os pequenos agricultores.

Essa nova situação de mercado contribuiu para que ocorresse a venda ou mesmo o abandono de pequenas propriedades, que, aos poucos, foram agregadas pelos latifundiários às suas terras. 

Agricultura

A segunda Revolução Verde

A segunda Revolução Verde refere-se a um conjunto de avanços tecnológicos, científicos e práticos na agricultura que emergiram a partir dos anos 1990 e continuam até hoje. 

Diferente da primeira Revolução Verde, ocorrida entre as décadas de 1940 e 1970 – focada no aumento da produtividade por meio do uso de fertilizantes químicos, pesticidas e variedades de cultivos de alto rendimento – a segunda revolução está mais alinhada com práticas sustentáveis e tecnologias de ponta.

Dentre as características da segunda Revolução Verde, destaca-se:

  • Biotecnologia e engenharia genética;
  • Sustentabilidade;
  • Digitalização e agricultura de precisão;
  • Diversidade alimentar e segurança nutricional;
  • Mudanças climáticas; e
  • Inovação social.

Agricultura orgânica

Enquanto as sementes transgênicas causam polêmica e opiniões divergentes, os produtos orgânicos têm ganhado novos adeptos e aumentando a sua produção.

A agricultura orgânica tem o objetivo de promover a saúde do meio ambiente, bem como de preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo. 

Nesse sentido, em oposição ao uso de substâncias tóxicas, a agricultura orgânica enfatiza o uso de práticas naturais de manejo. Isso abrange a administração de conhecimentos agronômicos, biológicos e até mecânicos. 

Os Estados Unidos, por exemplo, possuem o Programa Nacional Orgânico (NOP) e apenas concede o selo “Certificado Orgânico” àqueles produtos que tiverem 95% de conteúdo orgânico, o que inclui a não utilização de produtos agrotóxicos.

Esses produtos são cultivados com o cuidado ao meio ambiente e  à saúde em mente. Sua produção é mais cara e, por isso, destinada a um grupo específico de consumidores.

Milho verde

Qual a diferença entre os produtores naturais e orgânicos?

Para ser classificado como natural, os produtos não podem ter aditivos, mas não há outros critérios além desse. Por exemplo, os frangos criados com hormônios e alimentados com grãos cultivados com fertilizantes químicos são  considerados naturais, desde que a carne sem si não contenha corantes ou conservantes.

No entanto, para ser considerado um produto orgânico, os produtores precisam seguir uma série de critérios. Os mais básicos da agricultura orgânica são: 

  • Proteção da fertilidade dos solos a longo prazo, estimulado sua atividade biológica;
  • Intervenção mecanizada;
  • Fornecimento de nutrientes ao solo em sua forma natural, não obtidos por processos químicos;
  • Autossuficiência em nitrogênio pelo uso de leguminosas e inoculações com bactérias fixadoras de nitrogênio, por meio da reciclagem de materiais orgânicos provenientes de resíduos vegetais e estercos animais;
  • Controle de doenças, pragas e ervas pela rotação de culturas, diversidade genética e adubação orgânica;
  • Garantia do bem-estar das espécies exploradas na criação animal, por meio de nutrição, de tratamento sanitário e de condições de vida que respeitem suas características;
  • Atenção especial ao impacto do sistema produtivo sobre o meio ambiente, protegendo a flora e a fauna existentes;
  • Condições de trabalho que representem oportunidades de desenvolvimento humano aos envolvidos;
  • Processamento limpo e controlado; e
  • Extrativismo sustentável.

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