F-5 Tiger II: saiba mais sobre o caça da FAB!

F-5 Tiger II: saiba mais sobre o caça da FAB!

O F-5 Tiger II é um dos caças mais antigos em operação pela FAB, mas isso não faz dele inferior aos outros caças em operação no mundo. Para saber mais sobre a aeronave, confira esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você!

O Northrop F-5 Tiger é um dos principais caças utilizados pela FAB e está em atividade desde a década de 1970. Essa aeronave é originária dos Estados Unidos e tem como funções a defesa aérea e ataque ao solo.

História do F-5 Tiger II

A história do caça F-5 Tiger iniciou na década de 1950, quando a Northrop desenhou o projeto N-156. Nessa época, os países ao redor do mundo se recuperavam dos efeitos da Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos estavam envolvidos na Guerra Fria com a União Soviética.

Era 23 de junho de 1972, quando os primeiros exemplares do F-5 Tiger II saíram da fábrica da Northrop, localizada ao lado do Aeroporto Internacional de Los Angeles, EUA. Esses primeiros exemplares foram transportados por via terrestre até a base aérea de Edwards, localizada na região desértica do sul da Califórnia para realizarem seus primeiros voos.

Inicialmente, o F-5 Tiger II foi projetado para ser a aeronave de treinamento da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF). Na época, os EUA passavam pela Guerra no Vietnã e, como os caças que a USAF empregou na guerra – os F-4 Phantom e F-105 Thunderchief – eram mais pesados, eles perdiam muitas batalhas com os MiG-21, empregados pelo Vietnã.

Como os F-5 eram mais leves, mas ao mesmo tempo menos sofisticados, a USAF rapidamente iniciou um programa de modernização, o qual resultou no F-5E Tiger II, que entrou em serviço em 1973. Mais tarde, em 1975, a versão biplace do caça entrou em operação.

Início das operações do F-5 Tiger II no Brasil

No Brasil, o caça iniciou suas operações em 1976, quando o Comando da Aeronáutica comprou seu primeiro lote do Tiger II – sendo 36 aeronaves F-5E e seis F-5B – para substituir os antigos F-80 Shooting Star e T-33 Thunderbird.

Posteriormente, em 1988, a FAB encomendou um lote de 26 aeronaves usadas, sendo 22 aeronaves F-5E e quatro F-5F, que possuíam dois assentos.  Essas aeronaves foram apelidadas de agressoras, devido à sua utilização anterior pelo esquadrão Agressor da USAF.

Algumas das aeronaves desse segundo lote foram enviadas para o sul do Brasil, na Base Aérea de Canoas, para ser empregada nas missões do Esquadrão Pampa.

F-5 Tiger II

Atualização do F-5 Tiger II pela FAB

O F-5BR, também conhecido como F-5M, é uma versão modernizada do caça F-5 Tiger II, desenvolvido e utilizado pela FAB. 

O projeto de atualização iniciado em 2000, com um custo de US$ 285 milhões, foi conduzido pela Embraer, na unidade de Gavião Peixoto e pela AEL Sistemas, uma subsidiária da Elbit Systems, de Israel. Esse esforço visou substituir o Projeto FX original – que mais tarde viria a se tornar o Gripen – e garantir uma defesa aérea mais eficaz para o Brasil.

Essa atualização transformou os antigos F-5 em caças de 4ª geração. As melhorias incluíram:

  • Um radar doppler avançado;
  • Mísseis BVR e WVR de ângulo total;
  • Telas multifuncionais coloridas; e
  • Um capacete com display integrado.

O programa de atualização utilizou tecnologias de ponta para atender tanto às necessidades operacionais quanto às limitações orçamentárias da Força Aérea Brasileira. Entre 2001 e 2013, cerca de 60 caças F-5E/F foram modernizados, o que prolongou a vida útil dos caças por mais 15 anos. 

Até março de 2008, 23 desses caças foram atualizados e, entre 2008 e 2011, mais 23 aeronaves dessas foram entregues. De 2011 a 2013, foram modernizadas mais 11 caças e um simulador de voo, que também foi fornecido à FAB.

Criação da Embraer Defesa e Segurança

Em 2011, a Embraer e a AEL Sistemas formaram a Harpia, que foi mais tarde incorporada à nova divisão da Embraer, a Embraer Defesa e Segurança.

Localizada em Gavião Peixoto, a Embraer Defesa e Segurança teve a responsabilidade de modernizar os F-5, bem como de outros modelos da frota da FAB, como o AMX e o ALX (Super Tucano). 

Participações do F-5 Tiger II em exercícios militares

O F-5BR é classificado como um caça de 4ª geração, em contraste com as versões anteriores do F-5, que são de 3ª geração. Ele conta com aviônicos e sistemas modernos, semelhantes aos do A-29, e é equipado com mísseis nacionais MAA-1 Piranha. 

O trem de pouso foi melhorado para permitir operações em pistas com condições precárias, e o F-5BR também possui o sistema REVO para reabastecimento em voo.

Durante os exercícios aéreos Cruzex – realizados no Brasil a cada dois anos com a participação de forças aéreas da América do Sul e da França–, a evolução dos F-5M se tornou evidente. 

Essas atualizações destacaram a FAB como uma força aérea que entrou na era digital, introduzindo novos conceitos operacionais, embora ainda esteja atrás das potências aéreas dos EUA, Rússia, França e Reino Unido. 

A combinação do EMB-145 com o F-5 Tiger mostrou-se altamente eficaz, igualando ou superando o sistema equivalente da Força Aérea Francesa, com o radar avançado do EMB-145 guiando os caças F-5 e seus mísseis.

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