7 filmes internacionais de guerra que venceram o Oscar

7 filmes internacionais de guerra que venceram o Oscar

Todo ano, os amantes da sétima arte aguardam com expectativa as grandes premiações da indústria cinematográfica. Se você é um desses, fique atento! A premiação do Oscar de 2022 irá acontecer no próximo domingo, dia 27 de março. 

Mais do que apenas condecorar os melhores filmes, essas premiações dialogam com os temas da atualidade e podem ser uma oportunidade para diferentes olhares acerca dos acontecimentos da humanidade – entre eles, a guerra

Pensando nisso, o Portal do Estratégia Militares separou para você os filmes vencedores do Oscar de Melhor Filme Internacional que tratam de guerras e suas consequências sobre a sociedade. 

Atenção! Verifique a classificação indicativa dos filmes antes de assisti-los. 

O que é o Oscar de Melhor Filme Internacional?

O Oscar conta com várias categorias diferentes de premiação, sendo que a mais conhecida e antecipada é a de Melhor Filme. No entanto, a maioria dos vencedores nela são filmes de língua inglesa e produzidos pelas nações ocidentais, predominantemente nos Estados Unidos. 

Em 1957, foi acrescentada uma categoria à competição: a de Melhor Filme Estrangeiro. Apenas filmes produzidos fora dos EUA e com a maioria das falas em uma língua diferente do inglês podem participar. Após a edição do Oscar de 2020, o prêmio passou a se chamar Melhor Filme Internacional

Quando falamos de filmes de guerra o que provavelmente vem à mente são produções grandiosas com bombas, tiroteios e os heróis que nelas lutam. Os filmes vencedores dessa categoria, no entanto, costumam trazer uma visão um pouco diferente da guerra – um olhar para como os conflitos afetam o cotidiano e a mentalidade da população civil. 

Então, que tal conferir os filmes de guerra que já venceram o Oscar de Melhor Filme Internacional e sua perspectiva única acerca dos conflitos de sua época? 

O filho de Saul (Saul fia) – 2016 

Diretor: László Nemes
Classificação Indicativa: 16 anos

O mais recente filme de guerra a ganhar o Oscar de Melhor Filme Internacional foi o drama húngaro “O filho de Saul”. Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, o longa-metragem conta a história de um judeu no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. 

O protagonista, de nome Saul Ausländer, integra o grupo de prisioneiros forçados a auxiliar no funcionamento das câmaras de gás, chamado de Sonderkommando. Certo dia, Saul encontra o corpo de uma criança que parece ser seu filho. 

O filme acompanha apenas um dia e meio da vida de Saul, que tenta dar um enterro digno à criança ao mesmo tempo que uma revolta entre os membros do Sonderkommando toma forma.

Os Falsários (Die Fälscher) – 2008

Diretor: Stefan Ruzowitzky
Classificação Indicativa: 14 anos

Com uma pitada de mistério e suspense, o filme austríaco “Os Falsários” nos conta um pouco da Operação Bernhard, montada pelos nazistas para falsificar moeda estrangeira e desestabilizar a economia dos inimigos. 

A ironia é que o funcionamento da operação depende de um prisioneiro judeu, antigo falsificador, chamado Sally Sorowitsch e seus colegas. Ao longo do filme a tensão é construída enquanto os valores dos prisioneiros falsificadores entram em choque. 

Afinal, o que era mais importante: sua própria sobrevivência ou o destino da guerra caso a Operação Bernhard tenha sucesso? Uma amostra de que os conflitos não são travados apenas em campos de batalha, mas também dentro da ética e moral de cada ser humano. 

Terra de ninguém (Ničija zemlja) – 2002

Diretor: Danis Tanović

“Terra de Ninguém” é um filme que trata de um conflito pouco abordado no cinema: a Guerra da Bósnia. Diferente dos demais, não pertence a apenas um país, mas trata-se de uma produção conjunta da Bósnia e Herzegovina, Eslovênia, Itália, Bélgica e Reino Unido. 

O tom de sátira destaca o absurdo do conflito enquanto assistimos ao encontro de um soldado da Bósnia e um soldado da Sérvia em uma trincheira no meio da terra de ninguém. Com eles há um outro soldado ferido que não pode se mexer sob o risco de detonar uma mina terrestre. 

Presos nessa situação inusitada, os inimigos são obrigados a pedirem ajuda juntos, constantemente frustrados pela burocracia e ineficiência dos agentes envolvidos, ao mesmo tempo que brigam e discutem a guerra entre eles. 

A vida é bela (La vita è bella) – 1999 

Diretor: Roberto Benigni 
Classificação indicativa: Livre

Um dos clássicos sobre o Holocausto, este filme italiano retrata a história de um pai e um filho que foram enviados para um campo de concentração. Para impedir que seu filho compreenda o quão desesperadora é a situação pela qual estão passando, o pai convence a criança de que estão participando de um jogo. 

Mais do que uma batalha pela sobrevivência, “A vida é bela” mostra a luta para preservar a inocência e a esperança em meio a um contexto desumanizador. 

O Sol enganador (Utomlionnie Solntsem) – 1995 

Diretor: Nikita Mikhalkov 
Classificação indicativa: 14 anos

Ambientado na Rússia, durante o governo de Stálin, o “Sol Enganador” conta um dia na vida de um veterano da revolução que foi passar um dia na casa de campo com sua esposa e filha. No entanto, um antigo conhecido e membro da polícia secreta também aparece com intenções ocultas, apesar da fachada charmosa. 

O filme russo traz um olhar intimista que mistura a vida cotidiana de uma família russa com as intrigas políticas do governo autoritário da União Soviética de Stalin. 

O Ataque (De Aanslag) – 1987

Diretor: Fons Rademakers 
Classificação indicativa: 16 anos

Neste filme holândes, acompanhamos a história de Anton, que procura lidar com os traumas que vivenciou em sua infância no fim da Segunda Guerra Mundial

Após um soldado nazista ser assassinado por engano em frente à sua casa, pessoas misteriosas escondem o corpo no quintal da família de Anton. No entanto, a farsa é descoberta e sua família, acusada de traição. O único a escapar da matança dos nazistas foi Anton. 

Agora, crescido, o homem procura entender o que realmente aconteceu naquela noite e porque sua família pacífica foi envolvida no conflito.

Guerra e Paz (Voyna i Mir) – 1969

Diretor: Sergey Bondarchuk

Daqueles que venceram o Oscar de Melhor Filme Internacional, “Guerra e Paz” é provavelmente o mais próximo dos filmes de guerra conhecidos. A história é baseada no livro de mesmo nome, escrito por Lev Tolstoi, e é ambientado na época da invasão de Napoleão Bonaparte à Rússia. 

Vale destacar que também existe uma versão americana de “Guerra e Paz”, do diretor King Vidor. A russa foi produzida durante o regime soviético, sendo um dos filmes mais caros já feitos pela União Soviética. O filme é dividido em quatro partes e tem mais de 6 horas de duração. 

Indicados Oscar 2022

Na edição do Oscar deste ano, um dos filmes indicados também toca a temática de guerra e merece um destaque especial! O filme Flee, ou Fuga, do diretor Jonas Poher Rasmussen não apenas foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, como também está concorrendo nas categorias de Melhor Documentário e Melhor Animação.  

Flee é um documentário em formato de animação que acompanha Amin Nawabi, em sua luta para se abrir sobre seu passado no Afeganistão, de onde precisou fugir como refugiado para a Dinamarca. 

Além de ter um formato diferenciado, o filme aborda de forma poética o drama daqueles que precisam fugir dos conflitos e a busca por um lar e aceitação. Ficou curioso? Confira o trailer do docudrama abaixo! 

E aí, guerreiro? Gostou dos filmes que o Estratégia Militares separou para você entrar no clima do Oscar? Eles podem ser úteis nas redações dos Concurso Militares, então aproveite para aumentar seu repertório! Inscreva-se em nossa Newsletter e fique sempre por dentro dos nossos conteúdos!

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