O Rio Grande do Sul passa por uma grave crise climática. As fortes chuvas que atingiram o estado aliada às frentes frias geoestacionárias, ao relevo da região e aos fenômenos climáticos fizeram o nível dos rios se elevarem para além dos maiores registros históricos da região.
Para saber mais informações sobre os temporais que atingiram a região sul do Brasil, confira este artigo que o Estratégia Militares preparou para você!
As enchentes que invadiram e destruíram diversas cidades no Rio Grande do Sul fizeram com que mais de 70 mil pessoas ficassem desabrigadas – mais de 15 mil casas foram destruídas, o que afetou direta ou indiretamente a vida de mais de dois milhões de pessoas.
Diante dessa situação, diversos estudos e pesquisas têm sido produzidos e publicizados em todo o país a fim de esclarecer os impactos e as circunstâncias pelas quais o estado gaúcho foi tomado.
Dentre as possíveis causas está os efeitos das mudanças climáticas no mundo. Esses efeitos podem ser observados por meio dos fenômenos naturais, dentre eles o “El niño”, a “La niña” e os tornados que acontecem na região.
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O que explica tanta chuva no Rio Grande do Sul?
Uma rara conjunção de diversos fatores contribuíram para que as chuvas se intensificassem a ponto de causar tantos estragos, principalmente nas cidades que margeiam o curso do rio Guaíba.
As chuvas começaram após uma intensa corrente de ventos levarem uma frente fria para o estado, o que desestabilizou o clima. Após uma forte onda de calor, que estava estacionada sobre o sudeste e o centro-oeste do Brasil, impediu que a frente fria se deslocasse para o norte.
Se isso não bastasse, toda a região sul do país tem sofrido os efeitos do El Niño, o que aumentou, ainda mais, a umidade na região.
O El Niño contribuiu para a intensificação das chuvas no RS?
Inicialmente, é necessário lembrar que o El Niño é um fenômeno climático que ocorre quando as águas das porções central e leste do Oceano Pacífico se aquecem muito além do normal.
Diante disso, ocorrem diversas mudanças no clima que se manifestam de várias maneiras pelo mundo. Na região sul, o El Niño provoca o aumento das precipitações, principalmente entre setembro e outubro, e de dezembro a março.
Dessa forma, é possível afirmar que o El Niño contribuiu para a ocorrência dos alagamentos, porém, não foi o único fenômeno.
Quais massas de ar atuam na região Sul do Brasil?
O Brasil sofre influência de cinco grandes massas de ar devido a sua posição latitudinal. Essas massas se caracterizam por serem quentes e úmidas. As principais que atuam na região Sul, são:
- Massa tropical atlântica (mTa);
- Massa tropical continental (mTc);
- Massa polar atlântica (mPa); e, raramente
- Massa equatorial continental (mEc).
Como as chuvas começaram no Rio Grande do Sul?
Um dos fatores que contribuíram para as chuvas foi a massa de ar quente que estava sobre grande parte do Brasil, apesar de já ser outono.
Ela formou uma espécie de barreira que impediu a passagem da massa de ar frio (mPa) pelo continente. Assim, a mPa estacionou sobre o estado gaúcho entre os meses de abril e início de maio.
É importante relembrar que as massas de ar frio (mPa) são oriundas do continente antártico e são muito úmidas e frias. Ao permanecer sobre o estado, a massa de ar provocou o aumento das chuvas e a diminuição das temperaturas.
Porém, em conjunto com a mPa houve o aumento da umidade por causa da influência do El Niño no continente sul-americano, o que aqueceu as águas do Oceano Pacífico e aumentou muito o nível de precipitação.
O que são as frentes frias e quentes que causaram as chuvas no Rio Grande do Sul?
As frentes são as zonas de encontro de duas massas de ar com características distintas uma da outra. A frente fria é formada quando uma massa de ar frio avança e faz o ar quente recuar.
Uma característica interessante sobre a massa de ar frio é que ela é mais densa do que a massa de ar quente. Assim, essa densidade faz com que o ar frio ocupe a região mais próxima da superfície terrestre, o que força o ar quente a subir e se resfriar.
A frente quente se forma quando a massa de ar quente avança sobre o ar frio. Isso faz com que a massa fria seja empurrada para baixo, enquanto a massa quente sobe numa espécie de rampa deixada pela massa de ar frio ao ser deslocada.
Diante disso, é importante estar atento à previsão do tempo, visto que, pelos equipamentos de medição climática, os climatologistas podem prever situações com tempo hábil para a população se preparar.
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