Em tempos de pós-verdades, fake news, teorias da conspiração e desprezo pelo conhecimento científico, a apologia à ignorância humana está definitivamente na moda. Nesse sentido, podemos dizer, sem exagero algum, que vivemos a “era do anti-intelectualismo”. Antes do advento do espaço virtual, os “anti-intelectuais” estavam dispersos, não possuíam a noção de sua força numérica e, até certo ponto, se sentiam envergonhados de suas ideias controversas. No entanto, tudo mudou com a internet.
Conforme afirmou o saudoso escritor e filólogo italiano Umberto Eco, as redes sociais concederam o direito à palavra a uma “legião de imbecis” que antes falavam apenas “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. Normalmente, os imbecis eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel. Desse modo, conclui Eco, o grande drama da internet é que ela promoveu o “idiota da aldeia” a portador da verdade.
LADEIRA, F. F. A era do anti-intelectualismo. Adaptado.
Disponível em <http://observatoriodaimprensa.com.br/dilemas-contemporaneos/a-era-do-anti-intelectualismo/> Acesso em 29 ago. 2020.
Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmações corretas.
I. A palavra “pós-verdade” deveria escrita sem hífen, ficando “pós verdade”.
II. A palavra “anti-intelectuais” exige hífen porque o segundo elemento se inicia com “i”.
III. As aspas em o “idiota da aldeia” indicam citação do termo de um autor.