Gabarito: alternativa B.

Vamos iniciar por uma revisão mais geral da disputa dos territórios portugueses, o que nos remete, em um primeiro momento, à disputa entre cristãos e mouros – o árabes que ocuparam a Península Ibérica. Nesse sentido, sobre as Guerras de Reconquista, de forma sintética, guarde o seguinte: à medida que os mouros eram expulsos da Península Ibérica, os reinos cristãos foram sendo reconstruídos. Dá uma conferida no mapa com as setas indicando esse processo de reconquista:

Portugal, então, surgiu a partir de uma porção de terra do Reino de Leão, dá uma conferida:

Em uma fase mais avançada da Reconquista, a situação ficou a seguinte:

A faixa amarela mais ao sul ficou sob domínio dos mouros, Reino Mouro de Granada.

Agora, e a disputa dentre os reinos cristãos? Vamos conferir, também em mapa, um panorama até o final do século XIII.

Veja só, em 1143, o Reino de Leão reconheceu a independência do Condado Portucalense, dando origem a Portugal. Já em 1179 o Papa reconheceu o novo status de Reino dos portugueses. Contudo, o Reino de Castela travava constantes disputas territoriais com os portugueses.

Bem, no final do século XIV, já então com Portugal formado, ocorreu uma crise de sucessão do trono, uma crise dinástica. O rei D. Fernando I, filho do rei anterior D. Pedro I (rei de Portugal entre 1357 e 1367), morreu em 1383. D. Fernando I não tinha filho para assumir o trono. Sua filha, a Princesa Beatriz, estava casada com o rei de Castela, D. João I, um casamento arranjado para colocar fim às disputas territoriais entre portugueses e castelhanos (Reino de Castela).

Qual era o impasse, profe?

Na ausência de um herdeiro do sexo masculino, seria preciso esperar que Princesa Beatriz e D. João I tivessem um filho homem e que este completasse 14 anos para, então, tornar-se rei. Eitâ!!

Assim, logo que D. Fernando I morreu, um Governo Regencial foi instaurado e liderado pela esposa de D. Fernando I, a rainha Leonor Teles. Qual foi o problema, gente? A rainha foi pedir ajuda para D. João I, de Castela, para governar. Os portugueses, então, motivados pelo histórico de disputas entre Portugal e Castela, já se ligaram: “os castelhanos vão querer nos dominar e perderemos a nossa soberania!!! Sem chance!!”.

Diante disso, os portugueses iniciaram uma conspiração liderada por João, Mestre de Avis. João era irmão de D. Fernando I, ou seja, tinha uma certa linhagem na realeza. Então, saca só a crise:

D. João I, de Castela, invadiu Portugal e tomou Lisboa, mas teve que recuar depois que a peste negra matou muitos de seus soldados. O embate militar se tornou mais complexo, quando os franceses entraram para dar suporte aos castelhanos e os ingleses aos portugueses liderados por João, mestre de Avis.

O ponto alto do conflito foi a Batalha de e Aljubarrota (agosto de 1385, 100 Km ao norte de Lisboa), vitória para os portugueses.

Após esse processo conhecido como Revolução de Avis, Dom João, mestre de Avis, foi coroado rei de Portugal em 1385. Repare, enquanto rei, de João, mestre de Avis, ele passou para Joao I, rei de Portugal entre 1385 e 1433. Não confunda com o rei de Castela. A dinastia de Avis durou até 1580.

Diante disso, vamos às alternativas: