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2020
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O normal mascarado

Pouco mais de 200 dias depois da primeira morte por covid-19 ocorrer no Brasil, o país atinge agora 150 mil óbitos pela doença. Nesse período, estados e municípios decretaram quarentena, e alguns optaram pelo fechamento completo para conter o avanço do vírus. Ainda assim, o país somou números altos: mais de 5 milhões de infectados e o segundo país em mortes no mundo.

Se há sete meses a mensagem era "fique em casa" e São Paulo tentava alcançar 60% de isolamento social, hoje estados avançam rumo a aberturas de comércio, espaços de lazer e escolas. Nesse período, mais de 8 milhões de pessoas aderiram ao trabalho remoto, enquanto mais de 10 milhões foram afastadas do trabalho. O trabalho informal e o desemprego aumentaram.

Com as flexibilizações, as praias já lotam, São Paulo tem trânsito em vésperas de feriado e, aos poucos, o brasileiro volta a frequentar bares e restaurantes de forma "segura". Mas há quem ainda tenha medo de se infectar e contaminar seus entes queridos e, por isso, segue em isolamento. Outros, porém, não tiveram a opção de se isolar.

"As pessoas se acomodaram. A vida tem que seguir, mas com todo o cuidado. Eu estou na rua por necessidade, para levar o pão e o leite pra casa. E me cuido. Até a minha 'magrela' [bicicleta] eu higienizo", conta o entregador de aplicativo Humberto Luiz, de 41 anos.

"Sou uma das pessoas que, se não fosse o trabalho, o sustento da família, não sairia de casa. Tenho uma mãe com 68 anos, o medo de levar a doença pra dentro de casa é enorme. Tô me cuidando como posso", diz o vendedor de doces Daniel Silva, de 42 anos, que trabalha no Brás, região de comércio popular, e vê o movimento por lá aumentar.

Com tanto tempo de isolamento, o brasileiro tenta manter a saúde mental e busca maneiras de ver os amigos novamente, tomar um sol no parque ou só caminhar na rua. "Ouvi críticas duras quando foi o momento de cuidar da saúde mental e desci para a praia. Todavia, de sujeitos que passaram 'a quarentena' trabalhando em indústrias lotadas, pegando transporte lotado", conta Aelon Santos.

Em 19 de maio, o Brasil registrou pela primeira vez mais de mil mortes confirmadas em um intervalo de 24 horas. Com pequenas oscilações para mais ou para menos, manteve-se nesse patamar até o início de setembro. Desde 15 de setembro, o país não registra mais de mil mortes confirmadas em um dia, segundo dados do Ministério da Saúde.

Segundo os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é até o momento o país que apresentou um dos platôs mais altos e por mais tempo no mundo. Além do país, somente Estados Unidos e Índia estabilizaram em mil mortes diárias. Enquanto EUA tiveram 55 dias de platô acima de mil, Índia tem até o momento 36 dias. O Brasil manteve essa média de mortes por cerca de 106 dias.

Após um prolongado período de quarentena, os cenários das cidades e o comportamento das pessoas mudam e tentam se adaptar a uma fase de aprendizado de convívio com uma doença para a qual ainda não há cura ou tratamento.

(Disponível em <https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/o-normal-mascarado/> Acesso em 14 out. 2020)

Com tanto tempo de isolamento, estados e municípios decretaram quarentena

A palavra acentuada segundo a mesma regra de acentuação que a destacada no enunciado é
A
o país atinge agora 150 mil óbitos pela doença
B
Ainda assim, o país somou números altos:
C
Nesse período, mais de 8 milhões de pessoas
D
o sustento da família, não sairia de casa
E
o brasileiro tenta manter a saúde mental