
No mundo dos Livros de história
Findo o dia, a luz acesa,
meus pais, ao redor da mesa,
conversam bem a vontade,
mas nunca brincam de nada.
Pego brinquedo e rastejo,
sobre o muro que mal vejo, e
agora vou pra floresta,
longe do sofá à beça.
Noite escura, não vão ver
onde posso me esconder.
vou ser, até ir dormir,
herói dos Livros que li.
Desertos, mares e montes,
minhas solidões brilhantes.
a beira-rio vão surgir
leões pra beber e rugir.
Olhando longe eu avisto
um bando. Vou correr risco.
sou índio a espreita da relva,
não vão ver quem observa.
Quanto Tetê me chamar
pra voltar, transponho o mar,
cabeça cheia de história,
livros que sei de memória.
STEVENSON, Robert Louis Trad. Ligia Cademartori. Jardim de versos. São Paulo. FTD,2012. p.40 e 41.
O eu-lírico do poema (TEXTO) vive aventuras no mundo dos livros de história. Porém, há uma palavra no texto, a qual revela que ele sal escondido dos pais. Qual palavra é essa?