A declaração de independência foi recebida positivamente pelas províncias do Norte e Nordeste, mas sofreu a oposição das elites das regiões Sul e Centro-Oeste, que se mantiveram fiéis a Portugal. Com isso, as guerras de independência ocorreram isoladamente nas províncias dessas regiões.  

A Revolução do Porto, movimento antiabsolutista ocorrido em Portugal, foi a principal inspiração dos organizadores da independência do Brasil, que constituíram o Partido Brasileiro. Os rebeldes presentes nos dois movimentos destacaram-se pela sua oposição à recolonização do Brasil.

A ruptura política do território brasileiro foi conduzida pelo radicalismo das elites liberais da região Sudeste, que apresentavam entre seus objetivos a democratização da sociedade brasileira. Diante disso, o projeto de emancipação recebeu amplo apoio das camadas populares do território.

O protagonismo das elites do Sudeste brasileiro no processo de independência garantiu a formação de um Estado pautado no modelo político proposto por movimentos separatistas ocorridos anteriormente na região, tais como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Carioca.  

Conduzida pela aristocracia rural, a emancipação política não proporcionou transformações drásticas na estrutura colonial brasileira, tendo em vista a manutenção da escravidão. Além disso, o mesmo grupo se empenhou na consolidação de um sistema político que não suscitasse a participação popular.