Nos locais de produção do açúcar, as paisagens urbanas se mostraram mais relevantes que nas áreas mineradoras, pois tratava-se de uma atividade econômica que exigia uma participação maior de homens livres, tais como mestres do açúcar e encaixotadores.

Enquanto a mineração foi uma atividade econômica que se concentrou na região Sudeste da colônia, a produção açucareira se mostrou vigorosa durante todo o período colonial na região Nordeste e na capitania de São Vicente, situada ao sul da Colônia.

Se nos engenhos de açúcar do Nordeste prevaleceu a mão de obra escrava, na região Sudeste predominou a mão de obra livre no desempenho da atividade mineradora, executada por mineiros, faiscadores e biscateiros.

A sociedade moldada pelos engenhos de açúcar, composta basicamente por senhores e escravos, se mostrou menos diversificada que a verificada nas zonas de mineração, onde havia uma presença maior de homens livres ocupando ofícios diversos.

A atividade mineradora causou o crescimento do tamanho e da importância da cidade de Salvador, principal porto de abastecimento das minas e de escoamento de sua produção, até a transferência da Corte portuguesa, em 1808.