Rio C- - Entende-se a atual geração como ‘nativos digitais’ — pessoas muito familiarizadas com a tecnologia e paradoxalmente inábeis diante de ferramentas ditas ‘analógicas’. São crianças e jovens que fazem praticamente tudo eletronicamente, ‘na nuvem’, em rede e em tempo real. Agem com invejável desenvoltura e largam em vantagem em série de atividades, mas carregam fraquezas e debilidades, bem como estão expostos a vários riscos, como a exploração sexual. Dilema realçado com os resultados da pesquisa Gerp que O DIA publicou ontem. Dois terços dos entrevistados defendem vigilância do conteúdo acessado pelos filhos, e oito em cada dez concordam em limitar a navegação. Não são decisões fáceis.

Nesse julgamento, porém, deve-se considerar até que ponto a imersão digital dos mais jovens compromete sua socialização e, mais importante, o seu rendimento escolar. Vive-se uma era na qual se obtém qualquer conteúdo em segundos, que pode ser replicado em minutos— mas dificilmente será assimilado. E, nas relações presenciais, altera-se drasticamente o eixo, com mais novos vidrados na tela de smartphones ou tablets, em detrimento da conversa.

Proibir radicalmente o uso dessas tecnologias, porém, não parece ser uma solução razoável, pois nada mais é que um retrocesso. É preciso ter delicadeza e cautela para acompanhar a vida digital, num esforço para equilibrar os diferentes cenários e vivências. No meio-termo, que se pesquisem tecnologias inclusivas, que estimulem a interação e o conhecimento.

(https://odia.ie.com.br/ conteudo/noticia/opiniao/2014-07-22/editorial-o-dificil-dialogo-entre-filhos-e-tecnoloeia.html)

No período "Há boas razões para crer que se iniciou uma reação em cadeia", o se adquire função pronominal. O período em que o se é um elemento com outro valor morfossintático é: