"A primeira metade do século XIX está marcada, na América Latina, pelas lutas de independência e pelo processo de formação dos Estados Nacionais. Nas colônias espanholas o movimento independentista irradiou-se de três pólos: Caracas, Buenos Aires e México. Os dois primeiros eram regiões que haviam conhecido rápido desenvolvimento no século XVIII, desenvolvimento esse em grande parte reflexo do debilitamento do poder naval espanhol e da penetração dos interesses ingleses. A independência, nessas regiões, deveria permitir a ascensão de uma burguesia mercantil, de idéias liberais, progressistas, no sentido europeizante, mas prisioneira da ideologia do laissez-faire."
(FURTADO, Celso. A Economia Latino-americana. São Paulo, Brasiliense, sd. p. 39.)
O texto acima refere-se ao período das lutas pela independência na América Espanhola. Um dos principais fatores externos que propiciaram a emancipação das colônias espanholas na América foi a deposição de Fernando VII, seguida da ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Internamente, as colônias também desenvolveram fatores que contribuíram para a sua emancipação. Dentre esses fatores, podemos destacar