Questão
Colégio Naval - CN
2005
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ANULADA
O Visconde de Ouro Preto leu sua plataforma política perante à Câmara dos Deputados Gerais, a 11 de junho, que, por 79 contra 20 votos, recusou-lhe a confiança. O Padre João Manoel concluiu o seu aparte com o brado: "Abaixo a Monarquia e viva a República!", ao que o Visconde retrucou: "viva a República, não!, Viva a Monarquia, que é a forma de governo que a imensa maioria da Nação abraça...". Dissolvida a Câmara, em 15 de junho, posto que o imperador decidira-se apoiar o seu ministro, convocou-se, imediatamente, eleições (que se verificaram a 31 de agosto) para a formação de outra, a qual, eleita, teve a data de 20 de novembro para iniciar os seus trabalhos. 

FROTA, Guilherme de Andrea, Quinhentos Anos de História do Brasil, BIBLIEX, p.474 

O texto acima demonstra o desgaste do império que terá como desfecho o fim do regime monárquico o qual pode-se afirmar que foi o resultado de uma série de fatores de diferentes relevâncias, destacando-se:

A
unicamente o xenofobismo despertado pelo Conde d'Eu, nos meios nacionalistas que não aceitavam o fato de o trono ser ocupado, após a morte de D.Pedro II, por um príncipe de origem estrangeira.
B
a disputa entre a Igreja e o Estado, sem dúvida, o fator prioritário na queda do regime pois, após a chamada Questão Religiosa, o poder do mesmo ficou, inteiramente, insustentável.
C
a maior força política da época: os barões fluminenses, defensores da Abolição como meio para diminuir a crise enfrentada pela produção cafeeira devido a queda dos preços no mercado internacional.
D
a aliança entre exército e burguesia cafeeira que, além da derrubada da monarquia, constituíram uma base social estável para o novo regime, formando os primeiros anos da República em um período de significativa estabilidade interna.
E
a doutrina positivista, defendida pelas elites que se opunha a um executivo forte e reformista, defendendo a fragmentação do poder dentro do que concerne um sistema federativo de fato.