Texto I


Como surgiu o videogame?
Conheça a história por trás dessa invenção que dominou o mundo do entretenimento
Em 1961, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, recebeu em suas instalações o computador mais avançado da época, chamado de PDP-1 (Programmed Data Processor-1), e que tinha o tamanho de uma geladeira. Por se tratar de uma tecnologia muito avançada, todos os pesquisadores do instituto estavam extremamente ansiosos para conferir as capacidades da gigantesca máquina.
Sendo assim, Steve Russel, um estudante do MIT, decidiu testar os limites do PDP-1 e criou o Spacewar, um joguinho que simulava uma batalha espacial entre duas naves. Ele demorou 10 anos para ficar pronto, e nunca chegou a ser vendido. O game só não foi o primeiro da história pois, alguns anos antes, em 1958, Willy Higinbotham criou um jogo chamado Tennis for Two (Tênis para dois), que era jogado em um aparelho para medir sinais elétricos, e simulava uma partida de tênis.
Em 1967, o alemão refugiado nos Estados Unidos, Ralf Baer, criou o primeiro game que poderia ser jogado diretamente em um aparelho de televisão. O engenheiro já tinha essa ideia em sua cabeça desde 1951, no entanto, havia sido rejeitado pela empresa no qual trabalhava. No entanto, após muita insistência, Baer e sua equipe conseguiram criar um protótipo de console que era capaz de rodar diferentes tipos de jogos.
No ano de 1970, o também engenheiro Nolan Bushnell, criou com a ajuda de Ted Dabney no quarto de sua filha, a primeira máquina de jogos operada por moedas de 25 centavos — o fliperama. Nela, os jogadores poderiam aproveitar o Spacewar e, por isso, acabou recebendo o nome inicial de Computer Space. Em 1971, os criadores instalaram a primeira unidade na Universidade de Stanford.
Porém, a empresa no qual trabalhavam — a Nutting Associates — acabou adquirindo os direitos do Computer Space, e o investimento não deu muito certo. Observando toda essa situação não tão favorável, Bushnell e Dabney decidem sair do trabalho e abrir o seu próprio empreendimento: a Atari. A nova aposta acabou sendo um sucesso, e se tornou a principal fabricante de jogos até meados dos anos 80.
(https://recreio.uol.com.br/games/como-surgiu-o-videogame.phtml)
Texto II
Quando eu era pequeno, brincava com os carrinhos dos outros, com os vídeo games dos outros, com as bicicletas dos outros, sem me sentir humilhado.
Hoje eu posso ter tudo que eu não tive na infância e me sentir realizado, mas não, eu preferi ter as pessoas dos brinquedos que eu usava na infância, agora meus amigos de anos.
As pessoas são mais importantes que coisas.
Samir José Soares
Disponível em < https://www.pensador.com/frase/MjgxMzczNg/> Acesso em 28 set. 2021.
Texto III
Quando eu jogava videogame com meus amigos – Crônica
A tecnologia encurta as distâncias, mas também nos isola
Como todo bom gamer desde 1995, eu jogava videogame com meus amigos. Mas não era online, pois em Promissão, minha cidade natal, nem se sabia o que era internet nessa época. Aliás, como era bom não ter isso. Na boa, qual a graça de jogar com seu melhor amigo a quilômetros de distância?
Como fica a emoção de cada cena inesperada que desenrola o jogo? E o frenesi de conseguir resolver aquele puzzle dificílimo no Resident Evil? E o mais importante, como zoar o cara quando você faz aquele golaço no PES – que na minha época era Winning Eleven? Qual a graça de fazer isso sem o cara sentado do seu lado?
Admiro as novas tecnologias e respeito quem as utiliza, mas nada, nunca, vai substituir a presença daquele parceiro de jogatina. Aquele que lia o detonado enquanto você penava para passar o chefão ou que fazia os combos mais absurdos no The King of Fighters com a mesma facilidade com que alguém passa manteiga no pão. Esse cara, jamais será o mesmo no seu fone de ouvido, isso eu garanto.
Digo isso porque vejo as gerações de hoje super conectadas em seus tablets, ultrabooks, smartphones e, é claro, videogames de última geração. No entanto, vejo essa galera sempre isolada, cada um literalmente no seu canto, só dialogando no plano virtual. A tecnologia encurta as distâncias, isso é fato, mas já pararam para pensar o quanto isso também nos isola?
Estamos próximos e ao mesmo tempo muito longe. O virtual se torna o padrão, e o real vira ficção. Ninguém mais liga na casa do amigo, prefere mandar por Whatsapp. Ninguém mais toca a campainha para brincar, envia solicitação de amizade no Facebook. Ninguém mais combina de jogar junto, entram em um servidor online com outros milhares de desconhecidos.
O cúmulo desta geração é comprar um Need for Speed e não poder jogar na mesma sala, lado a lado com meu amigo, pois o jogo só roda multiplayer em um servidor online. O cara estava ali do meu lado, num “jogo de dois”, e não pudemos jogar.
Como não pensar no abismo que a tecnologia está criando entre as pessoas? Sinto falta da época em que o meu PlayStation “deixava” eu dividir a TV com aquele bom amigo, porque agora a PSN manda cada um ficar na sua casa. Tá certo isso?
(https://nerdizmo.uai.com.br/quando-eu-jogava-videogame-com-meus-amigos-cronica/)
Texto IV

Texto V

Texto VI
Especialistas contrariam a OMS e dizem que não existe “vício em videogame”
Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde incluiu o vício em videogames na sua lista oficial de doenças. O transtorno estaria relacionado à baixa autoestima, depressão e mal-estar. Mas, para muitos profissionais da área, a OMS está se precipitando – pois os estudos a respeito não são conclusivos.
Andy Przybylski, professor associado e diretor de pesquisa do Oxford Internet Institute, concedeu uma entrevista ao jornal The Guardian criticando a ação.“O que é muito importante entender sobre isso é que essas correlações são extremamente pequenas”, disse. “E 99% do bem-estar de uma criança não tem nada a ver com telas, independentemente de como você mede isso”.
Já para Pete Etchells, professor de psicologia e ciência da Universidade de Bath, a correlação não está necessariamente errada, mas é prematura. “A melhor evidência que temos atualmente sugere que algum tempo de tela, algum vídeo game por dia, é melhor do que nenhum, especialmente para o bem-estar infantil”, declarou.
Isso significa que está liberado passar 24 h por dia jogando Fortnite? Não necessariamente. A discussão é sobre classificar o hábito como doença, e não se há um tempo limite para passar nas telas. Para o médico Max Davie, do Royal College of Paediatrics, essa é uma questão familiar, e cabe aos pais educarem os filhos a controlarem o seu tempo de tela e praticarem outras atividades.
Vale lembrar da política adotada pela Coreia do Sul em 2011, que estipulou um toque de recolher nos jogos online para menores de 16 anos entre a meia-noite e às 6 da manhã. A prática não funcionou e a maioria dos jovens pesquisados diz que continua sem dormir de madrugada, só que fazendo outras coisas — no final das contas, não eram os games que os mantinham acordados.
(Disponível em https://super.abril.com.br/saude/especialistas-contrariam-a-oms-e-dizem-que-nao-existe-vicio-em-videogame/)
A partir dos textos que você leu na prova, imagine uma história sobre o dia em que você acordou e percebeu que estava dentro do seu vídeo game favorito. Talvez haja algum obstáculo a ultrapassar para sair de lá. Como você irá escapar desse lugar?
Nesse sentido, siga as orientações que seguem para criar sua história:
- situe a narrativa em um tempo cronológico e em um espaço físico definidos. Descreva como é o jogo em que você se encontra, pensando qual possível obstáculo você deverá superar para sair de lá.
- narre o acontecimento de maneira clara.
- indique as personagens e seus papeis na história.
- imagine um desfecho criativo para sua história.
Instruções:
- Crie um título para o seu texto.
- A narrativa deve ter, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas, sem contar o título.
- Sua redação deve ser manuscrita.