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Entrevista: Edith Eger, a Bailarina de Auschwitz

Morris Kachani/07 de junho de 2020 | 21h34

Como a experiência de uma garota no campo de concentração de Auschwitz, pode servir de inspiração para estes tempos de incerteza, com a pandemia batendo a nossas portas, governos e mandatários negligentes, o fascismo à espreita e os protestos nas ruas?

Edith Eva Eger era bailarina e ginasta até os 16 anos na Hungria, quando foi enviada a Auschwitz com sua família. Seus pais foram enviados à câmara de gás, mas ela e a irmã sobreviveram. Edith foi encontrada pelos soldados americanos em uma pilha de corpos dados como mortos.

Sofreu diversos sintomas de estresse pós-traumático até os 50 anos, quando iniciou um longo processo de cura.

Já descrita como a “Anne Frank que não morreu”, Edith, hoje aos 92 anos, morando em um vilarejo na Califórnia sugestivamente chamado de Paradise, escreveu sobre sua experiência em Auschwitz, e toda a trajetória de superação e auto-conhecimento que a seguiu em vida, no best seller “A Bailarina de Auschwitz”.

Não à toa, a obra aparece no topo da seleção de leituras sugeridas durante a pandemia por ninguém menos que Bill Gates.

Este livro já foi lançado no Brasil pela Sextante. E agora no segundo semestre, a editora prepara o lançamento de um segundo livro de Edith, “O Presente”, apresentando uma visão mais conceitual sobre os conhecimentos adquiridos pela autora, que é doutora em psicologia, e ainda atende a pacientes veteranos de guerra e vítimas de trauma físico e emocional, aplicando o que aprendeu no campo de concentração em suas terapias.

Bailarina desde criança – e ela continua dançando, “porque a vida é sobre a dança” -, já recebeu de Mengele a ordem para dar piruetas ao som da valsa “Danúbio Azul”, para seu deleite. Ganhou um pedaço de pão em troca…

Que lições da sua experiência na Segunda Guerra Mundial podem nos inspirar nesse momento?

Eu posso te inspirar a entender que não é o que está acontecendo que importa. O que importa realmente é a maneira como você vê as coisas. Então, eu gostaria de ser sua oftalmologista e lhe dar uma perspectiva diferente. De que não existem problemas no mundo. Não há problemas, há apenas desafios. E não há falhas, há apenas transições.

Quando tudo é tirado de você… Vou lhe dizer que você acaba ficando trancado em você mesmo e aprende.

Mas, ao em vez de se concentrar no que não temos e reclamar sobre isso, basta dizer que está na hora… Está na hora! Posso ler outro livro que não tinha tempo antes. Posso passar mais tempo com meu filho e fazer algumas perguntas mais profundas, como por exemplo: como você pode se comprometer com a melhoria da humanidade? É apenas o jeito como nós vemos as coisas.

Disponível em: <brasil.estadao.com.br>. Acesso em 07/06/2020.

Assinale a alternativa em que os elementos destacados em “Sofreu diversos sintomas de estresse pós-traumático até os 50 anos, quando iniciou um longo processo de cura.” são analisados corretamente.
A
ambos são modificadores com valor adverbial.
B
ambos são complementadores do nome a que se ligam.
C
ambos são modificadores com valor adnominal.
D
ambos são modificadores, um com valor adnominal e outro de complemento.
E
o primeiro é um complemento semântico do nome e o segundo um restritor.