Questão
Escola de Aprendizes-Marinheiros - EAM
2024
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Texto 2

CRIANÇAS, ADOLESCENTES E O EXCESSO DE TELAS

É difícil encontrar uma mãe ou pai que tenha dinheiro para bancar um celular para o filho e que não esteja preocupado com o uso excessivo do aparelho. Reclamações acerca do número de horas diárias que crianças e jovens têm passado diante das telas de smartphones, tablets, computadores e televisão são frequentes nas rodas de conversa, nas escolas e nos consultórios médicos.

Embora os pais se preocupem, muitos não sabem como mudar a situação. Como privar os filhos do uso de aparelhos digitais nos dias de hoje sem causar conflitos familiares de difícil solução? É preciso ser radical e proibir o uso? Em que momentos? Não estaríamos, assim, colaborando para que crianças e jovens deixassem de desenvolver habilidades fundamentais para a atualidade? É possível chegarmos a um meio-termo?

“A ideia mais importante é a conscientização. Sinto que pais já chegam ao consultório um pouco armados, afirmando que o mundo atual é assim, que há pouca condição de mudança. O uso parcimonioso [dessas tecnologias] pode trazer benefícios, mas os aparelhos não podem servir de babás eletrônicas”, explica o dr. Paulo Telles, pediatra e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Também é comum que pais experimentem sentimentos contraditórios diante da situação, como alívio e culpa. Se por um lado os adultos intuem que passar o dia trancado no quarto diante de uma tela não pode ser saudável, por outro os pais se sentem aliviados de terem umas horas tranquilas para dedicarem ao trabalho ou aos afazeres que se acumulam com frequência cada vez maior. Outra dificuldade dos pais e responsáveis é em separar o que é afirmado com base em evidências científicas e o que é fruto de boatos, crenças e, pior, julgamento moral.

A Sociedade Americana de Psicologia (APA, em inglês) afirma que cada vez mais especialistas têm estudado os potenciais benefícios e malefícios dos dispositivos eletrônicos para crianças e adolescentes. Crianças pequenas parecem não se beneficiar do uso de telas para o aprendizado. Já crianças mais velhas podem obter informações relevantes dos dispositivos digitais, mas isso cria outro problema: o excesso de uso, que leva. ao sedentarismo, a comportamentos compulsivos e à substituição de interações sociais presenciais.

Assim, é importante criar hábitos mais saudáveis, que incluam o controle do uso desses aparelhos de acordo com a faixa etária e privilegiem interações sociais presenciais e atividades físicas, de preferência ao ar livre. Com crianças mais velhas e adolescentes, é possível estabelecer acordos, mas com os mais novos é preciso impor limites.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também estabeleceu diretrizes para pais controlarem o uso de aparelhos digitais. Assim como a SBP, a OMS não recomenda que crianças com menos de 2 anos usem aparelhos eletrônicos e digitais. Se é verdade que os tempos atuais exigem habilidades para o uso de tecnologias, também é fato que estamos apenas começando a observar os problemas que o excesso desses aparelhos e da própria internet pode trazer para crianças e jovens.

Tirar os jovens das telas não é fácil, mas os dados deixam cada vez menos dúvidas de que é tarefa essencial. Criar regras e condições para isso deve ser função dos adultos.

Disponível em: https:/drauziovarella.uol.com.br/coluna-2/criancas-adolescentes-eo-excesso-de-telas-coluna, Acesso em: 04 de outubro de 2022. Texto adaptado. 

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença a seguir.

Após ____ palestra sobre ___ conscientização do uso de dispositivos eletrônicos na infância, os pais compareceram ____ reunião semestral destinada _____ assuntos previamente emitidos _____ que se puseram _____ disposição da escola. 
A
a - à - à - a - aqueles - à
B
a - a - à - a - àqueles - à
C
à - a - a - à - aqueles - à
D
à - a - à - a - àqueles - a
E
à - a - a - à - àqueles - a