Raquel Freire

Compartilhar exageradamente: essa é a ideia por trás do oversharing. A palavra inglesa é formada pela junção de duas outras: “over”, cujo significado é “excesso”, e “sharing”, que pode ser traduzido como “compartilhamento”, em especial nas redes sociais. Trata-se do velho “não saber a hora de parar de falar”, que recebeu um belo incentivo com a popularização do Facebook, Twitter e outras plataformas.

Definir o limite sobre o que deve ou não ser compartilhado é complicado, já que cada um tem sua própria noção de privacidade. Ainda assim, é possível traçar algumas práticas que tipicamente se enquadram no perfil de quem faz oversharing.

Divulgar sua localização e descrever detalhes sobre o lugar, postar fotos íntimas com visualização pública ou falar mal de colegas de trabalho no Facebook ou Twitter são alguns exemplos do que pode ser considerado excessivo.

O resultado que essas informações geram pode ser desastroso. Pessoas mal intencionadas podem descobrir detalhes sobre sua vida financeira para planejar assaltos com certa facilidade, uma vez que sabem os lugares que frequenta ou onde mora. Empresas de recrutamento muitas vezes deixam de contratar por posts polêmicos, enquanto outros acabam até perdendo a vaga pela mesma razão.

Uma das principais formas de evitar o oversharing é pensar duas vezes antes de postar. Nem sempre isso é fácil, principalmente quando se está empolgado ou nervoso sobre determinado assunto. Se quiser aproveitar a emoção, uma dica é escrever o post em um bloco de notas offline e reler algumas vezes antes de publicar. Configurar as definições de privacidade também é importante. Mesmo que um pensamento valha a pena, às vezes é melhor dividi-lo apenas com certo grupo de pessoas conhecidas.

(Disponível em <https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2015/01/o-que-e-oversharing.html> Acesso em 24 set. 2020)

Segundo o texto, os perigos do “oversharing” podem