TEXTO 4
Amizade verdadeira
Nós vivemos tempos em que há certa banalização da palavra “amigo”. Nas redes sociais, é hábito se contabilizar “eu tenho tantos amigos”, como se a ideia de amizade pudesse ser tão superficial. Amizade implica convivência, mesmo que a distância, numa capacidade de doação e compreensão. E, por vezes até, requer algum gesto de recusa, porque um amigo ou uma amiga não é quem concorda sempre, mas quem discorda também, de modo que proteja a outra pessoa.
Com facilidade se chama de “amigo” ou “amiga” quem é, somente, um colega, uma conhecida, um parceiro momentâneo. Esse uso corriqueiro da palavra “amigo” precisa ser revisto, afinal de contas há um critério explícito para que se saiba se alguém, de fato, é amigo. O historiador inglês Thomas Fuller (1608– 1661) registrou: “Homem nenhum pode ser feliz sem um amigo, nem pode estar certo desse amigo enquanto não for infeliz”.
A frase é forte. Porque amizade é aquela que se prova também nas tempestades, na hora da amargura, da encrenca e da necessidade, e não apenas nos momentos de alegria e comemoração.
DE SOUZA, Maurício; CORTELLA, Mario Sérgio. Vamos pensar um pouco? Lições ilustradas com a turma da Mônica. Editora Cortez. 1ªed: 2020. p. 50. (Adaptado)
Sobre a abordagem acerca do tema amizade, analise as seguintes afirmações a respeito dos textos 3 e 4.
I. Os textos convergem quanto à temática, porque tratam a amizade como uma relação banalizada atualmente.
II. Ambos os textos afirmam que amigos de verdade se apoiam em todos os momentos da vida, não apenas nos momentos mais fáceis.
III. Os dois textos tratam a amizade como algo valioso, mas que pode ser facilmente conquistado por meio de bens materiais.
IV. Por meio de gêneros textuais distintos, os dois textos provocam reflexão sobre o verdadeiro sentido da palavra “amigo”.
Estão corretas