o processo de crise do Estado Novo se relaciona à pressão feita por militares ao regime, especialmente pelos generais Dutra e Góis Monteiro, que defenderam o alinhamento irrestrito às democracias Aliadas desde os momentos iniciais da Segunda Guerra Mundial. 

A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi atrelada aos interesses econômicos do regime, que condicionou o apoio dado aos países do Eixo à obtenção de empréstimos que possibilitaram a criação da Cia. Vale do Rio Doce e na construção de uma siderúrgica.

A posição contraditória adotada pelo Brasil na guerra foi largamente explorada pelas oposições, afinal conciliava o combate aos regimes nazifascistas e se alinhava aos países democráticos Aliados, ao passo em que mantinha um regime autoritário internamente.  

A erosão da ditadura estadonovista foi decorrente das pressões exercidas pela diplomacia norte-americana no Brasil nos anos finais da Guerra, que se alia às forças de oposição para fazer frente ao projeto industrial empreendido pelo regime, contrário aos seus interesses. 

O enfraquecimento do Estado Novo se deve principalmente à perda do apoio dado pelos trabalhadores urbanos, que passaram a se opor ao regime ao se verem diretamente afetados pela queda do poder de compra e o aumento do custo de vida no contexto da guerra.