O Ato Adicional consagrou a ala dos regressistas no poder, nome dado aos políticos defensores da autonomia administrativa concedida pela Lei. O grupo era encabeçado por Pedro de Araújo Lima, escolhido como o primeiro regente uno do Império e organizador do chamado Ministério das Capacidades. 

A aprovação do Ato Adicional decorreu dos acordos firmados entre os partidos políticos existentes à época, a partir da formação do chamado Ministério da Conciliação. Tendo à frente o político Honório Hermeto Carneiro Leão, o visconde do Paraná, os arranjos garantiram estabilidade institucional ao período regencial. 

A promulgação da Lei de 1834 representou a concessão de certa autonomia administrativa e financeira às províncias, a partir da fundação das Assembleias Legislativas Provinciais. Por outro lado, verificou-se a suspensão da garantia do habeas corpus aos cidadãos como estratégia de contenção dos levantes do período.

Durante a vigência do Ato Adicional, a regência passou a ser exercitada por um só governante, escolhido pelo eleitorado. Além disso, ocorreu a supressão do Conselho de Estado, a criação das Assembleias Legislativas Provinciais e a criação do município neutro, que abrangia a área urbana e adjacências do Rio de Janeiro.

O Ato Adicional substituiu o modelo de regência trina pela regência una, sendo nomeado como o primeiro mandatário o padre Feijó, apoiado pelos caramurus e liberais exaltados. Ao mesmo tempo, a Lei instituiu a Guarda Nacional, formada a partir de milícias civis comandadas por grandes fazendeiros do Império.