(PROPOSTA DE REDAÇÃO)


Texto I
Nomofobia: o que é e como lidar com o home office e a dependência digital
Por Tamires Ferreira, editado por André Lucena
23/03/2021
Quem aí nunca sentiu aquele leve desespero ao ficar sem o celular momentaneamente? Ou então conseguiu manter o smartphone no bolso sem dar nenhuma “checadinha” no Instagram ou WhatsApp? Essas e outras situações somadas a alguns sintomas podem ser resultado da síndrome da dependência digital, ou como é conhecida pelos médicos, a nomofobia.
Existe vários tipos de fobias, como por exemplo, a fobia social, aracnobofia (medo de aranhas), a claustrofobia (medo de lugares fechados), a acrofobia (medo de altura), entre outras. Mas o que é a nomofobia? O transtorno obsessivo compulsivo é o medo ou pavor de ficar sem celular ou de estar conectado, servindo para qualquer tipo de aparelho eletrônico, como computadores e também videogames.
Desde o avanço dos recursos da telefonia móvel, o aparelho celular se tornou um item indispensável na vida das pessoas, que por trás de uma tela abrem contas em bancos, pagam seus boletos, fazem pedidos de comida, participam de reuniões e se conectam com milhões de pessoas, desde a mais próxima até a mais distante.
Com a pandemia do novo coronavírus, a preocupação com o avanço da doença preocupa médicos e especialistas, já que a tecnologia além de ter se tornado um refúgio social para as pessoas, impôs o chamado “home office”, exigindo alta produção e conexão por longas horas levando ao uso excessivo e indiscriminado dos aparelhos eletrônicos, que podem desencadear sintomas físicos e emocionais como a depressão.
Segundo o psicólogo Alexander Bez, Especialista em Relacionamentos, Ansiedade e Síndrome do Pânico, é preciso diferenciar apenas uma necessidade de mexer no celular com a obrigatoriedade. O médico acrescentou ainda que a pandemia trouxe aspectos diferentes para a psicologia e a psiquiatria neste ano, já que ao mesmo tempo em que não temos outra opção segura para trabalhar a não ser estar conectado, ela também pode ser prejudicial. Mas é importante avaliar pensando além da situação da Covid-19.
“Do mesmo jeito que você é obrigado a lavar as mãos constantemente, você também é obrigado a mexer no celular constantemente, até pela sensação de proximidade, mas tirando a pandemia, se você tiver um grau de dependência maior do que a questão pandêmica, significa que você realmente tem uma compulsão”, disse o médico, que ainda alertou que “o grande problema do transtorno compulsivo é que um transtorno não descarta o outro”, fazendo com que você acumule transtornos sem perceber.
Especificamente na atual situação de pandemia, o médico confessa que é de fato complicado separar o uso em excesso da necessidade obrigatória, formando uma linha tênue entre as duas. As redes sociais é um exemplo, já que o uso padronizado e repetitivo dos sites pode gerar transtornos obsessivos, porém ela também é responsável pela aproximação de famílias e amigos em situação de quarentena, se tornando um meio para socializar, mesmo que virtualmente.
Diante disso, o médico dá algumas dicas para que as pessoas consigam agir e lidar naturalmente diante do uso diário da tecnologia, como aumentar “o espaço entre uma vista e outra no celular, desde que não tenha nenhuma obrigatoriedade sua em ver” e “pontuar as necessidades profissionais das necessidades pessoais”.
Apesar da nomofobia não ter classificação de idades exatas para se desenvolver, de acordo com uma pesquisa feita em 2016 pela Millward Brown Brasil em parceria com a NetQuest, o brasileiro passa em média 3h14 por dia usando o aparelho celular, mas essa média sobe quando são considerados os jovens da geração millennials, alcançando 4h diárias.
Além dessa pesquisa, que foi realizada antes da pandemia, outros estudos já mostravam uma alta na taxa de uso de aparelhos eletrônicos entre os jovens e consequentemente a preocupação com o conteúdo por eles acessado. A depressão, por exemplo, foi considerada a doença do nosso século entre os mais novos, além do alto índice de suicídios. Tudo isso – não apenas isto – atrelado ao uso exacerbado das tecnologias.
Segundo o psicólogo Alexander, no caso de crianças e adolescentes o melhor caminho é o diálogo a fim de orientação e não a suspenção do uso dos aparelhos.
“Primeiro, é importante nunca tentar controlar a vida dos filhos. Eu acho legal ter um papo adulto, não no sentido de controle, mas no de orientação. Principalmente orientando qual o conteúdo que eles estão acessando na internet”, alerta o médico, que chama atenção para as inclinações naturais na fase da adolescência.
“Tentar conhecer as pessoas com quem eles se relacionam também acho muito importante, sem cobranças, sem imposição, senão o adolescente vai ficar acuado e vai querer fazer justamente o caminho oposto como uma represália, o que é um processo cerebral do adolescente”, finalizou.
(Disponível em <https://olhardigital.com.br/2021/03/23/medicina-e-saude/nomofobia-o-que-e-e-como-lidar-com-o-home-office-e-a-dependencia-digital/>. Acesso em 13 jul. 2021)
Texto II
Jovens desenvolvem dependência de redes virtuais
Trabalho revela um quadro alarmante de uso patológico de novas tecnologias midiáticas, especialmente entre adolescentes
Valquíria Carnaúba
É urgente a inclusão do Transtorno de Dependência de Internet (TDI) na listagem oficial do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-6), da Associação Americana de Psiquiatria. Quem faz a defesa é Denise De Micheli, chefe da disciplina de Medicina e Sociologia do Abuso de Drogas (Dimesad) do departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Hoje, o distúrbio consta apenas nos anexos do guia, o que significa que é tratado como uma condição de alerta, não como uma patologia com desfecho de caso”, afirma. (...)
Foram avaliados 264 jovens entre 13 e 17 anos. O trabalho, planejado de modo a identificar o perfil dos usuários de internet e mídias digitais e as consequências do comportamento à sua qualidade de vida, revelou que 68% deles sofriam de dependência moderada (transtorno denominado assim pelas pesquisadoras) em relação às tecnologias atuais (como smartphones, tablets e internet), enquanto que 20% enquadravam-se como dependentes graves. (...)
O Brasil está entre os países com maior número de usuários da rede, por isso é razoável admitir que as gerações mais recentes são bastante íntimas das tecnologias, inclusive a ponto de acreditarem que o convívio seja dispensável. “A comunicação virtual tem inúmeras vantagens, como a disponibilidade de tempo para escrever e editar o que se pretende transmitir e enviar no tempo que convier, ou seja, o controle do tempo pertence ao indivíduo”, defende Denise.
Mas o que tem chamado a atenção de pesquisadores é o potencial que os relacionamentos virtuais possuem para encobrir ou mesmo intensificar outros distúrbios psicológicos. “O fato observado neste e em outros estudos, sobre adolescentes utilizarem o smartphone grande parte do seu tempo e durante suas atividades cotidianas, também pode ser indicativo de dificuldades no controle de impulsos, acarretando consequências negativas para suas vidas”. (...)
Por esses motivos, Denise assegura que a inclusão do referido transtorno ao DSM-6 é uma das grandes expectativas do momento. “Precisamos olhar para esses casos com a atenção que merecem. Descobrir se a dependência deriva de determinadas ansiedades ou é apenas um desdobramento de hábitos será o grande desafio dos profissionais de saúde mental”, finaliza.
(Disponível em <https://www.unifesp.br/reitoria/dci/publicacoes/entreteses/item/2208-jovens-desenvolvem-dependencia-de-redes-virtuais> Acesso em 13 jul. 2021)
Texto III

(Disponível em < http://evandrooliveira.pro.br/wp/2016/08/24/nomofobia-e-dependencia-digital/> Acesso em 13 jul. 2021)
Texto IV

(Disponível em < https://www.factual900.com.br/nomofobia-e-o-acesso-a-internet-com-os-aparelhos-celulares/> Acesso em 13 jul. 2021)
Produza um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema: “A dependência digital entre jovens e adolescentes”
ORIENTAÇÕES GERAIS
1. Mantenha FIDELIDADE ao TEMA e ao GÊNERO solicitados na proposta.
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3. Faça rascunho, se necessário, na página indicada neste bloco. Contudo, o RASCUNHO NÃO SERÁ CORRIGIDO.
4. Será atribuído GRAU 0,0 (zero) à redação que apresentar:
a) Fuga total ao tema proposto;
b) Modalidade textual diferente da pedida;
c) Letra ilegível;
d) Linguagem e/ou texto incompreensível;
e) Em forma de poema ou outra que não seja em prosa;
f) Identificação ou marcas de identificação pelo(a) candidato(a);
g) Menos de 17 (dezessete) ou mais de 30 (trinta) linhas; ou
h) Utilização de caneta de tinta diferente da cor azul ou preta.
OUTRAS ORIENTAÇÕES:
Não rasure.
Mantenha as margens do seu texto.