Introdução

Recurso de introdução: Em um mundo de decisões rápidas e excesso de informações, ler deixou de ser só um hábito cultural: virou ferramenta de sobrevivência intelectual.

Contextualização: A leitura sustenta três pilares decisivos — ampliação do repertório, pensamento crítico e comunicação clara — que atravessam tanto a formação humana quanto o desempenho no trabalho.

Tese: Defende-se que a leitura potencializa o desenvolvimento pessoal (autoconhecimento, empatia, autonomia intelectual) e profissional (aprendizagem contínua, solução de problemas e comunicação eficaz), devendo ser promovida como direito, competência e prática cotidiana.

Desenvolvimento 1

Tópico frasal: Ler expande capacidades cognitivas e éticas, fortalecendo autonomia e empatia.

Repertório: Martha Nussbaum sustenta que a literatura exercita a imaginação moral, condição para reconhecer o outro; Stanislas Dehaene mostra que a leitura reorganiza circuitos neurais, refinando atenção e memória de trabalho.

Exemplificação/Análise: Quando o leitor transita entre ensaio, reportagem e romance, aprende a comparar perspectivas, identificar vieses e projetar consequências — exatamente o que se exige ao tomar decisões responsáveis. Assim, a leitura não só informa: forma juízo, amplia sensibilidade social e dá base para escolhas éticas.

Desenvolvimento 2

Tópico frasal: No trabalho, a leitura é alavanca de produtividade: sustenta aprendizagem contínua, melhora comunicação e acelera a resolução de problemas.

Repertório: Pierre Bourdieu chama de capital cultural o conjunto de saberes que posiciona o indivíduo em melhores condições de competir e colaborar; Peter Drucker destaca o trabalhador do conhecimento, que aprende o tempo todo — leitura técnica, relatórios, normas, documentação.

Exemplificação/Análise: Profissionais que leem manuais atualizados, relatórios de indicadores e boas práticas reduzem retrabalho, mitigam riscos e comunicam decisões com precisão. Clubes de leitura em equipes, leitura guiada de padrões e acompanhamento de documentação técnica criam linguagem comum e elevam a qualidade das entregas.

Desenvolvimento 3

Tópico frasal: Promover leitura é política de cidadania e de desenvolvimento: um direito cultural que viabiliza oportunidades econômicas.

Repertório: Antonio Candido defende a literatura como direito, por humanizar e organizar a experiência; a Constituição (art. 205) vincula educação ao pleno desenvolvimento da pessoa; o PNLL consolidou a leitura como política pública permanente.

Exemplificação/Análise: Quando escolas, bibliotecas e empresas garantem acervo, mediação de leitura e acesso digital, o resultado aparece em melhor escrita, participação social e empregabilidade. Logo, investir em leitura é reduzir desigualdades e preparar pessoas para aprender por toda a vida.

Conclusão

Retomada da tese: A leitura estrutura a autonomia intelectual e a competência profissional: humaniza, qualifica decisões e sustenta carreiras.

Síntese dos argumentos: Viu-se que ela desenvolve empatia e pensamento crítico; converte-se, no trabalho, em produtividade e comunicação precisa; e, como direito cultural, abre portas para oportunidades e participação cidadã.

Desfecho: Cabe transformar o “gosto pela leitura” em rotina institucional e pessoal — acervos acessíveis, mediação constante e metas realistas de leitura — para que cada página lida se converta em mais humanidade no convívio e mais excelência nas entregas.