Leia o trecho abaixo, redigido pelo francês Jean de Lery, que viveu no Rio de Janeiro entre novembro de 1556 e março de 1557, durante a experiência da França Antártica:
Quanto ao meio de carregar essa mercadoria (o pau-brasil), direi que tanto por natureza da dureza, e consequente dificuldade em derrubá-la, como por não existirem (...) animais para transportá-la, é ela arrastada por meio de muitos homens; e se os estrangeiros que por aí viajam não fossem ajudados pelos selvagens, não poderiam sequer em um ano carregar um navio de tamanho médio. Os selvagens, em troca de algumas roupas, chapéus, facas machados (...) cortam, serram, racham, atoram e desbastam o pau-brasil [...].
BUENO, Eduardo. Náufragos, traficantes e degredados: as primeiras expedições ao Brasil, 1500-1531. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. p. 76.
O texto acima oferece uma descrição da forma de trabalho no Brasil que pode ser relacionada às três primeiras décadas que sucederam a chegada de Pedro Álvares Cabral. A respeito disso, é correto afirmar que: