Leia o soneto abaixo, retirado do livro "Tarde" do poeta Olavo Bilac, para responder à questão.
A montanha
Calma, entre os ventos, em lufadas cheias
De um vago sussurrar de ladainha,
Sacerdotisa em prece, o vulto alteias
Do vale, quando a noite se avizinha:
Rezas sobre os desertos e as areias,
Sobre as florestas e a amplidão marinha;
E, ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias,
Mudas servas aos pés de uma rainha.
Ardes, num holocausto de ternura...
E abres, piedosa, a solidão bravia
Para as águias e as nuvens, a colhê-las;
E invades, como um sonho, a imensa altura,
- Última a receber o adeus do dia,
Primeira a ter a bênção das estrelas!
BILAC, Olavo. Tarde. Fonte: Domínio Público. Disponível em: https://tinyurl.com/2znxe6kr. Acesso em: 23 jan. 2022.
A característica parnasiana mais evidente no poema foi: