Leia o poema abaixo para responder ao que se pede.
VASO GREGO
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta, ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
(Sonetos e poemas, 1886.)
Fonte: Academia Brasileira de Letras. Disponível em: https://tinyurl.com/y9kfakzy. Acesso em: 24 de abril de 2020.
Esse poema de Alberto de Oliveira conserva características predominantes da estética parnasiana, EXCETO: