COMANDANTE DA MARINHA

BRASÍLIA, DF. 

Em 21 de julho de 2018. 

ORDEM DO DIA Nº 3/2018 

Assunto: Homenagem à Memória dos Mortos da Marinha em Guerra

Todo povo tem a obrigação de conhecer, respeitar e reverenciar suas origens, compreendendo as especificidades de sua formação e procurando projetar soluções próprias para desafios que venham a surgir. O estudo da História nos leva a tal entendimento e, ao fazê-lo, certamente encontramos inspiração nos grandes heróis das guerras nacionais: homens e mulheres que colocaram os interesses do País acima de suas vidas. Gente comum, gente de todas as origens, gente como nós, mas que, dadas as circunstâncias, dispôs-se ao sacrifício máximo na defesa da Pátria. Hoje, rendemos justa homenagem àqueles que, a bordo dos navios da Marinha do Brasil e da Marinha Mercante, tombaram no cumprimento do dever em nome da defesa da soberania e da garantia da liberdade.

(...)

A Marinha envolveu-se na Segunda Guerra por mais tempo que o próprio País, uma vez que sua participação iniciou-se em outubro de 1941, com o posicionamento da Corveta Camaquã em patrulha no litoral do Nordeste, e só terminou alguns meses após o fim da guerra, depois de assegurado que o Atlântico Sul estava efetivamente livre de submarinos desinformados sobre o término do conflito. O esforço dos nossos marinheiros foi silencioso e pertinaz, (...)

Neste 21 de julho, dia do afundamento da Corveta Camaquã e data escolhida para reverenciarmos a Memória dos Mortos da Marinha em Guerra, dirijo-me aos nossos marinheiros, fuzileiros navais, servidores civis e homens do mar da Marinha Mercante para manterem acesa a chama da motivação e do amor pelo Brasil. Por fim, como Comandante da Marinha, reafirmo, com imenso orgulho, que os heróis marinheiros que padeceram nas guerras em que o País tomou parte jamais serão esquecidos. Todos nós seremos eternamente gratos a cada um, reconhecendo que sem o espírito de abnegação que tiveram, nossa Pátria não teria a grandeza que tem hoje. 

Viva a Marinha! 

EDUARDO BACELLAR LEAL FERREIRA

Almirante de Esquadra

Comandante da Marinha

BONO Especial Geral Nº 559/2018. ”

Juntamente com a Corveta Camaquã, afundada no mesmo dia do BONO acima, em 1944, o Brasil perdeu mais dois navios de guerra durante a 2ª Guerra Mundial, o: