A escravidão africana foi a mão de obra predominante na região do Oeste paulista ao longo da segunda metade do século XIX, enquanto os cafeicultores do Vale do Paraíba recorreram ao trabalho de imigrantes europeus, principalmente italianos e alemães, a partir do sistema de parcerias. 

A escassez de mão de obra escrava e a derrubada das matas para o plantio do café, seguida da erosão e esgotamento do solo em muito contribuíram para a decadência da produção cafeeira do Oeste paulista, o que contribuiu para que o vale do Paraíba se tornasse a principal zona de cultivo. 

Por volta de 1850, a economia cafeeira do Oeste paulista foi prejudicada diante da proibição do tráfico negreiro, provocando uma crise de mão de obra na região. Para contornarem a crise, os cafeicultores paulistas substituíram a cafeicultura pela atividade industrial. 

Até 1870, a produção cafeeira do vale do Paraíba desenvolveu-se e atingiu o seu apogeu, entrando em declínio em seguida, quando foi suplantada pelas novas áreas cafeeiras do Oeste da província de São Paulo, onde o café encontrou solo e clima ainda mais favoráveis para o seu cultivo.

O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios dominados pela mão-de-obra livre.