Filho podre de antigos Goitacases,
Em qualquer parte onde a cabeça ponha,
Deixa circunferências de peçonha,
Marcas oriundas de úlceras e antrazes.
Todos os cinocéfalos vorazes
Cheiram seu corpo. À noite, quando sonha,
Sente no tórax a pressão medonha
Do bruto embate férreo das tenazes.
Mostra aos montes e aos rígidos rochedos
A hedionda elefantíase dos dedos
Há um cansaço no Cosmos... Anoitece.
Riem as meretrizes no Cassino,
E o Lázaro caminha em seu destino
Para um fim que ele mesmo desconhece!
ANJOS, Augusto dos. Eu e outros poemas. Disponível em: https://tinyurl.com/sm4m9vbc. Acesso em: 09 set. 2022.
Um verso que apresenta uma crítica direta ao Romantismo é: