Questão
QOAM-AFN
2022
QOAM-CPA/CAP
2022
Falar-organizaca1108e4c156d
“Falar da organização regional do espaço brasileiro é algo muito complexo, pois se trata da regionalização de um país de grandes dimensões que tem passado por um complexo e desigual processo de diferenciação que envolve o espaço e o tempo. E mais, que envolve ritmos distintos de transformação e, ao que parece, tendem a se tornar em mais velozes ao final do século XX”. (CORREA, Roberto Lobato. A organização Regional do Espaço Brasileiro. In: Trajetórias Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 3º ed. Bertrand, p. 197-210). 

Os processos sociais e econômicos decorrentes dos anos 1950 foram responsáveis pelo surgimento de uma nova organização espacial brasileira, a saber: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. Sobre o espaço geoeconômico do Centro-Sul, podemos afirmar que: 
A
o dinamismo do seu complexo agroindustrial depende da importação do fornecimento de insumos agrícolas e equipamentos dos países ricos e industrializados, em função da incapacidade do país de produzi-los internamente.
B
o seu desenvolvimento industrial foi impulsionado pelos investimentos vultosos da iniciativa privada em infraestrutura de transportes e na geração de energia, enquanto o Estado financiou os bens de consumo não duráveis. 
C
a densa malha viária e de telecomunicações possibilita o deslocamento de um intenso fluxo de pessoas, mercadorias, informações e capitais, revelando seu papel como articulador nacional do processo de integração intrarregional. 
D
a urbanização acelerada de metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo impulsionou o aumento das atividades produtivas e a oferta de emprego, imprimindo, assim, uma redução na segregação socioespacial no interior das cidades.
E
o modelo de desenvolvimento agrícola capitalista na região possibilitou a redução da concentração fundiária, em função do acesso dos pequenos e médios produtores rurais a amplas linhas de crédito a juros menores e aos subsídios do Estado.