Enquanto havia diferença de língua e religião entre as diversas regiões coloniais espanholas, no Brasil havia uma unidade lingüistica e religiosa.

Enquanto os interesses particulares das oligarquias regionais impulsionaram o processo de desintegração da América espanhola, no Brasil a transferência da corte portuguesa, em 1808, proporcionou a montagem de uma estrutura estatal administrativa, que foi apropriada pela classe dominante, após a independência, facilitando a manutenção da unidade nacional.

Enquanto a economia colonial espanhola era voltada única e exclusivamente para os interesses regionais da Colônia, no Brasil essa economia visava a complementar a economia metropolitana.

Enquanto a Cordilheira dos Andes facilitava, geograficamente, a comunicação entre toda a América espanhola, ajudando a difundir os ideais de uma independência fragmentada em várias repúblicas, no Brasil as dificuldades apresentadas pelos grandes cursos d’água desencorajavam movimentos separatistas.

Enquanto era interesse de Bolívar fragmentar a América Espanhola, no Brasil D. Pedro I tinha o objetivo de manter a unidade nacional após a independência.