As forças armadas sempre foram um pilar fundamental do Estado de Israel, que desde sua criação, em 1948, se envolveu em inúmeros conflitos. O mais recente conflito entre Israel e Palestina, que soma mais de 200 mortes, deixou novamente as forças armadas israelenses em evidência. No meio militar, as Forças de Defesa de Israel também são conhecidas como Tzahal, que é o nome da instituição em hebraico. Acompanhe e confira tudo sobre as Forças de Defesa de Israel!
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História das Forças de Defesa de Israel
A história das Forças de Defesa de Israel se mistura com a do próprio Estado Israelense. Acompanhe e confira!
Como surgiram as Forças de Defesa de Israel?
As Forças de Defesa de Israel surgiram com a criação do Estado de Israel, em 1948, o que gerou grande insatisfação por parte dos países árabes vizinhos. Pouco tempo depois, o primeiro conflito armado em que Israel se envolveu ficou conhecido como a Primeira Guerra Árabe-Israelense.
A necessidade de um sistema de defesa e da construção de estruturas e mecanismos de ataque robustos estão presentes no Estado de Israel desde sua criação. Por isso, as Forças de Defesa de Israel nasceram junto com o próprio país.
Principais conflitos em que o exército israelense se envolveu
Diversos conflitos marcam a história das Forças de Defesa de Israel. Confira os principais!
Primeira Guerra Árabe-Israelense
A Primeira Guerra Árabe-Israelense aconteceu logo que o Estado de Israel foi criado. Os países árabes viviam o pan-arabismo, movimento que buscava a união interna e a independência dos países árabes em relação ao domínio ocidental. Diante disso, os países árabes não aceitaram a criação do Estado de Israel de forma legítima, pois a Palestina não recebeu o mesmo status. E assim a guerra começou. O fato é que Israel dominou o conflito, com bastante apoio externo e conseguiu inclusive ampliar suas fronteiras.
Guerra de Suez
Em 1956, o Egito nacionalizou o Canal de Suez, impossibilitando Israel de utilizá-lo, uma vez que o Egito não reconhecia a legitimidade do Estado de Israel. Isso gerou uma nova guerra na região. Com apoio dos Estados Unidos, a França e a Inglaterra se uniram a Israel contra o Egito na Operação Três Mosqueteiros. Aquele país árabe na época contava com ajuda russa.
O conflito terminou de forma diplomática, por causa da possibilidade de guerra nuclear, envolvendo Estados Unidos e Rússia.
Ao final, o Egito manteve o controle do Canal, mas permitiu a passagem dos navios de Israel.
Guerra dos Seis Dias
Após melhorarem seu preparo militar e aprimorarem seu arsenal bélico, os países árabes achavam que poderiam atacar Israel com sucesso. Entretanto, Israel descobriu a intenção dos árabes e bombardeou a força aérea do Egito ainda no solo, que era uma grande ameaça. Israel conseguiu grande vantagem no conflito e saiu vencedor. O Estado judeu anexou territórios da Península do Sinai, da Cisjordânia, e as Colinas de Golan, que eram territórios da Síria.
Guerra do Yom Kippur
Motivados na recuperação dos territórios perdidos no conflito anterior, os países árabes atacaram Israel, durante o feriado religioso do Yom Kippur. Nesta data, todos os judeus ficam em oração e fazem jejum durante o dia inteiro. As forças armadas de Israel, porém, com apoio dos Estados Unidos, contra-atacaram eficientemente. Na sequência, a paz acabou sendo negociada pela ONU, Estados Unidos e também pela União Soviética, que no início havia ameaçado se unir aos árabes
Operação Chumbo Fundido
Em 2008, Israel realizou uma operação conhecida pelos árabes como ‘Massacre de Gaza’. Israel é uma das maiores potências militares do mundo, enquanto os palestinos apenas possuem armamento elementar. Por isso, o conflito se tornou assimétrico com uma vantagem evidente dos judeus. O resultado da operação foi a morte de mais de mil palestinos, entre eles muitos civis.
Operação Limite Protetor
A Operação Limite Protetor aconteceu em 2014. O ataque mais sangrento de Israel deixou cerca de 2 mil palestinos mortos. Foram 51 dias de conflitos no final de 2014. A ofensiva terrestre teve apoio de ataques aéreos, em que bombardearam o território inimigo pesadamente.
Estrutura das Forças de Defesa de Israel
Mais de 6% do PIB de Israel é destinado ao seu orçamento militar. O país conta com aproximadamente 170 mil militares na ativa, divididos nos núcleos terrestre, aéreo e marítimo. Desde a criação das Forças de Defesa de Israel, o serviço militar é obrigatório tanto para homens quanto para mulheres.
Exército
O exército Israelense tem a maior parte dos militares e do equipamento das forças de defesa do país. Como passa boa parte do tempo em áreas hostis e áridas, o exército é mecanizado para facilitar a mobilidade nessas condições de combate. Contam também com veículos blindados, equipamentos de defesa antiaérea, artilharia de campanha, lançadores de mísseis e outros equipamentos modernos e altamente eficientes.
Força Aérea
A Força Aérea também tem um arsenal considerável, com mais de seiscentas aeronaves em sua frota. As centenas de aeronaves se dividem entre caças, helicópteros e aviões de transporte e treinamento. Para alguns especialistas é considerada a mais eficiente força aérea do mundo. Há quem diga que ela toda é uma tropa de elite
Marinha
A Marinha é a mais enxuta das três forças israelenses, mas ainda assim é bem moderna e conta com as tecnologias mais atuais disponíveis no mercado. São pouco mais de 60 navios, entre eles alguns com lançadores de mísseis, além de submarinos convencionais diesel-elétricos.
Tecnologia Nuclear
Essa é uma grande incógnita em relação ao poder militar israelense. O país adota a política de ambiguidade nuclear, ele não nega, nem admite possuir esse tipo de tecnologia em seu arsenal. Existe muita especulação em torno disso e a suspeita é que possuam ogivas nucleares prontas para uso, mas não se tem noção da quantidade.
Mulheres nas Forças de Defesa de Israel
Em Israel, o alistamento militar é obrigatório para as mulheres. Por ser um país que precisa defender sua sobrevivência desde que foi criado, e que conta com uma população relativamente pequena, as mulheres sempre tiveram a obrigação de prestar o serviço militar, assim como os homens.
Apesar do serviço militar obrigatório, é incomum que mulheres sejam vistas atuando na linha de frente, como em operações na Faixa de Gaza, por exemplo. A maioria acaba ocupando funções administrativas, mesmo recebendo todo o treinamento físico e bélico.
O exército de Israel também tem em seus quadros administrativos militares portadores de necessidades especiais.
Como é o treinamento do Exército de Israel?
Os jovens israelenses são preparados para o serviço militar desde o período escolar. Eles passam por testes e treinamentos a fim de ser traçado um perfil. A seguir o soldado é direcionado para a unidade militar em que se encaixa melhor.
Os jovens se apresentam aos 18 anos para o alistamento. As mulheres casadas, atletas de elite e judeus ultraortodoxos, que se dedicam aos estudos religiosos, são dispensados.
Os homens servem, obrigatoriamente, por dois anos e meio. Já as mulheres por dois anos.
O treinamento compreende lições teóricas, valores militares, treinamento físico, instruções de tiro, manejo de armas, além de combate corpo a corpo de Krav Magá. Trata-se de uma luta desenvolvida especialmente por um militar do exército israelense, criada a partir de golpes de outras artes marciais e situações de defesa pessoal.
Principais equipamentos das Forças de Defesa israelenses
As Forças de Defesa de Israel contam com um arsenal impressionante de equipamentos bélicos. Descubra mais sobre os principais recursos das forças armadas de Israel.
Equipamentos de Ataque
Os equipamentos de ataque das Forças de Defesa de Israel incluem, entre outras tecnologias:
- Carros de combate;
- Veículos Blindados;
- Lançadores de foguetes;
- Peças de artilharia;
- Corvetas;
- Submarinos;
- Caças;
- Helicópteros de ataque.
Algumas das tecnologias militares israelenses mais temidas são:
- Obuseiro autopropulsado M109 A5: ele também é utilizado pelo Exército Brasileiro e vários outros ao redor do mundo. Desenvolvido pelos Estados Unidos, conta com canhão, metralhadoras e lançador de granadas. Transporta seis soldados.
- M270: é um Sistema Múltiplo de Lançamento de Foguetes, capaz de realizar o disparo de até 12 mísseis em 40 segundos, na distância de até 300 metros.
- Helicóptero AH-64 Apache: helicóptero muito utilizado na destruição de tanques e blindados, sendo considerado um dos helicópteros militares mais mortais já criados.
- Caterpillar D9: escavadeira blindada muito utilizada para abrir caminho para outros veículos de combate. Pode ser utilizada para destruir explosivos e demolir construções, por exemplo.
Estruturas de defesa
As tecnologias de defesa de Israel também são muito avançadas. Confira mais informações sobre algumas das principais estruturas e equipamentos de defesa:
- Domo de Ferro: é um sistema antimísseis ativo desde 2011, com eficácia próxima dos 90%. Intercepta facilmente os mísseis pouco tecnológicos lançados pelo Hamas, como os foguetes Qassam. Conta com centro de controle e radar, que reconhece as ameaças quando são lançadas, em questão de segundos. Na prática, ele intercepta os projéteis antes que possam atingir seus alvos.
- Mísseis Arrow: produzidos em parceria com os Estados Unidos, foram desenvolvidos para interceptar outros
Papel das Forças de Defesa de Israel no conflito Israel x Palestina de 2021
O início dos conflitos entre Israel e Palestina em 2021 não foi diretamente com ações das Forças de Defesa de Israel e do Hamas, grupo militante palestino. Dessa vez, a tensão começou entre os próprios civis, até que ficasse insustentável com os conflitos acontecendo em efeito dominó, resultando no disparo de foguetes do Hamas. Os projéteis foram interceptados pelo Domo de Ferro, e assim começou ativamente a participação das FDI, que responderam aos ataques com bombardeios na Faixa de Gaza.
A discrepância de tecnologia militar entre as partes era evidente, e Israel teve domínio do conflito do início ao fim, deixando mais de 200 palestinos mortos, principalmente civis, inclusive mulheres e crianças.
De acordo com Benjamin Netanyahu, então primeiro-ministro de Israel, o objetivo israelense no conflito era “desferir um golpe severo contra as organizações terroristas e restaurar a calma”. O Estado de Israel considerou a operação um sucesso, e deu crédito para as Forças de Defesa de Israel.
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