As Forças Armadas do Brasil são reconhecidas em todo mundo por sua atuação em missões humanitárias, levando apoio logístico e segurança para as populações afetadas. Continue lendo esse artigo que o Estratégia Militares preparou para você e saiba mais sobre a missão humanitária no Rio Grande do Sul.
O Ministério da Defesa é o órgão do governo federal responsável por gerenciar as operações que envolvam as três forças – Exército, Marinha e Aeronáutica.
Ao surgir alguma necessidade de emprego conjunto das forças militares – como ocorreu no Rio Grande do Sul – o Ministério é o responsável em convocar o Estado-Maior das Forças Armadas e planejar as ações de socorro.
Operação Taquaril II
Ao ser acionado, o Estado-Maior iniciou no dia 30 de abril a Operação Taquaril II, no estado do Rio Grande do Sul.
Foram deslocados para o local da enchente diversos militares a fim de auxiliarem no resgate de pessoas e animais ilhados em casas e hospitais, ajudarem na montagem de hospitais de campanha e abrigos de emergência, além de fazerem a segurança nos abrigos e dos imóveis inundados, que estavam sendo saqueados.
Equipamentos militares das Forças Armadas no RS
A operação conta com o apoio das forças auxiliares do estado. Em conjunto com os equipamentos do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar, foram empregados:
- 12 embarcações da Marinha;
- cinco helicópteros da FAB e do Exército;
- 45 viaturas; e
- Equipamentos de engenharia para transporte de material e pessoal.
Devido ao alagamento das cidades gaúchas, o equipamento mais adequado para o resgate das vítimas são os helicópteros.
Na terça-feira, dia 30 de abril, a FAB divulgou o início das operações com o H-60 Black Hawk, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5°/8° GAV), lotado na Base Aérea de Santa Maria (BASM) para realizar as ações de Busca e Salvamento (SAR).
O Exército Brasileiro também enviou seus helicópteros para o auxílio nos resgates, dentre eles o HM-1A Pantera, que auxiliou nos evacuamentos aeromédicos.
Também, o EB foi o responsável pelas rondas de segurança nas cidades alagadas, com o emprego de viaturas para auxiliar no resgate. Os caminhões tropa tiveram participação fundamental.
Por terem suspensão elevada e serem preparados para adentrar em qualquer tipo de terreno, os caminhões tropa foram responsáveis pelo transporte de diversos materiais e bens das vítimas ilhadas para os abrigos.
A Marinha do Brasil também teve participação extremamente relevante, ao deslocar o maior porta-aviões da América Latina para Porto Alegre, o qual transportou estações de tratamento de água. Elas têm a capacidade de tratar cerca de 20 mil litros de água por hora.
Desde o início da Operação Taquaril II, a força naval realizou mais de 1.200 atendimentos médicos e psicológicos, desobstruiu vias públicas com a retirada de aproximadamente dois mil toneladas de escombros, além do transporte e distribuição de 110 toneladas de donativos.
Além disso, empregou três navios e seis aeronaves que foram responsáveis pelo apoio aos reconhecimentos, transporte de equipes técnicas e evacuações aeromédicas. Foram usadas também 27 viaturas e um efetivo de mais de mil militares, incluindo 180 Fuzileiros Navais e 70 profissionais da saúde.
A logística de transportes pelo Brasil
Diante dos alagamentos, milhões de pessoas no Brasil mobilizaram doações para serem transportadas para o povo gaúcho. Uma espécie de ponte aérea foi montada pela FAB a fim de transportar as doações oriundas de todo o país.
As bases aéreas de Brasília (BABR) e São Paulo (BASP) têm sido os principais pólos de onde partem as aeronaves com doações em direção à Base Aérea de Canoas (BACO).
Com as aquisições para a frota de aeronaves, a FAB empregou o KC-30 e o KC-390 Millenium para realizarem o transporte aéreo de doações, insumos médicos e militares.
Dentre as missões realizadas pela FAB, destacam-se a realizada no dia 16 de maio, quando o KC-30 foi empregado para transportar cerca de 20 toneladas de ração, para os mais de 80 mil animais resgatados.
Os insumos animais doados foram acondicionados em caixas que encheram o compartimento de carga e ocuparam as poltronas da aeronave do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário.
Desde o acionamento para a missão, foram transportadas cerca de 600 toneladas de materiais, somente pelas aeronaves. Os caminhões civis e militares transportaram mais de 2.500 toneladas, enquanto os trens e os barcos transportaram cerca de 1.700 toneladas.
Militares de todo o país estão envolvidos nessa missão. O Comando Militar do Nordeste enviou uma estrutura completa, com pessoal militar, para a montagem do hospital de campanha e militares para realizar os atendimentos.
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Referências